Congresso transforma as FARC em partido político: Forças Alternativas Revolucionárias da Colômbia
Forças Alternativas Revolucionárias da Colômbia (FARC) é o nome do novo partido, que manterá seu espectro político na esquerda.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) começaram no último domingo, dia 27/08, seu Congresso Constitutivo, onde se transformarão em partido político após concluir há semanas seu desarmamento como força guerrilheira.
Mil delegados participam do evento, no Centro de Convenções “Gonzalo Jiménez de Quesada” de Bogotá (capital), assistido também por 200 convidados e 400 jornalistas credenciados.
No encontro, que durará até 1° de setembro próximo, as FARC-EP definirão o nome do partido, o programa e em linhas gerais seu roteiro, a menos de um ano para as eleições presidenciais, nas quais não apresentarão candidato.
No entanto, Luciano Marín, conhecido como “Iván Márquez”, adiantou que o nome do partido será Forças Alternativas Revolucionárias da Colômbia, mantendo sua sigla.
“Não queremos romper os vínculos com nosso passado. Fomos e continuaremos sendo uma organização revolucionária”, manifestou há duas semanas Iván Márquez.
Estima-se que o Congresso Constitutivo seja presidido pelo líder máximo das FARC-EP, Rodrigo Londoño, codinome “Timochenko”, que chegou à Colômbia há uma semana vindo de Cuba, onde se submeteu a tratamento médico.
No dia 1° de setembro próximo, quando culminar o Congresso fundacional, está convocado um massivo ato político-cultural na praça de Bolívar, no Centro Histórico de Bogotá.
Dos candidatos só confirmou a participação no Centro de Convenções Gonzalo Jiménez de Quesada, Clara López, que aspira inscrever-se por assinaturas. Outros candidatos, como Sergio Fajardo, Jorge Robledo e Antonio Navarro, declinaram do convite. Piedad Córdoba se desculpou, justificando estar com um problema familiar e precisou viajar com urgência para Cuba. Humberto De la Calle, o negociador do governo que aspira liderar a coalisão pela paz, se desculpou dizendo ter um compromisso prévio, a mesma desculpa que deu Germán Vargas Lleras. Gustavo Petro ainda não se pronunciou a respeito.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)