Milhares vão as ruas de Buenos Aires em 2º ato denunciando desaparecimento de Santiago Maldonado

imagemRedação Opera Mundi

Jovem de 28 anos desapareceu no dia 1º de agosto enquanto um ato dos mapuches na Patagônia era reprimido

Milhares de pessoas foram às ruas no domingo (01/10) pedindo pela aparição de Santiago Maldonado, jovem de 28 anos desaparecido na Patagônia no dia 1º de agosto, e a renúncia da ministra de Segurança argentina, Patrícia Bullrich. O ato foi chamado pela família do rapaz e contou com o apoio de organizações de direitos humanos como as Mães e Avós da Praça de Maio.

Manifestantes se reuniram na Praça de Maio, em Buenos Aires, debaixo de chuva. Também houve manifestações denunciando o desaparecimento de Maldonado em diversas outras regiões argentinas como Córdoba, Rosário, Bariloche e Mendoza.

Durante o ato, o irmão de Santiago, German Maldonado, afirmou em seu discurso que “a família Maldonado não milita em nenhum partido político e, em segundo lugar, a questão é política desde o início, uma vez que a Gendarmeria [polícia militar argentina] leva meu irmão, uma vez que esta instituição está subordinada ao Governo, vocês [gestão Macri] que são os políticos da mudança e principais responsáveis pelo desaparecimento do meu irmão”.

Outro irmão de Santiago, Sérgio Maldonado, disse durante a manifestação que “Agora estou convencido de que não há bondade nos gendarmes, nos chefes da gendarmeria, em ministros, juízes e procuradores ” e encerrou seu discurso questionando o governo Macri: “Onde está Santiago Maldonado?

Segundo os organizadores, a manifestação reuniu cerca de 100 mil pessoas. Foi a segunda manifestação realizada na Argentina denunciando o desaparecimento do artesão Santiago Maldonado. A primeira foi no dia 1º de setembro e terminou com mais de 30 manifestantes detidos.

Retrospectiva

O jovem de 28 anos foi visto pela última vez no dia 1º de agosto durante ação da polícia militar argentina contra um protesto mapuche na província de Chubut . Segundo testemunhas que estavam no local, Maldonado foi detido por policiais e levado a bordo de um veículo militar da região. A justiça de Chubut até o momento trata o caso como averiguação e não como desaparecimento forçado.

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