PALESTINA: novos ataques de Israel à Faixa de Gaza 

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Israel ataca com artilharia o sul da Faixa de Gaza

O exército israelense continua realizando atos de agressão contra a sitiada Faixa de Gaza: na sexta-feira (15/06) atacou o sul do encrave costeiro.

FOTO: Se vê em Rafah como levanta a fumaça sobre os edifícios após um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza, em 9 de maio de 2018.

A agência de notícias palestina Safa informou sobre um ataque da artilharia israelense a um suposto posto de observação do Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (HAMAS) cerca da zona de Burj al-Ahmar, ao leste de Rafah.

As mídias informaram acerca dos preparativos palestinos para lançar, nesta mesma sexta-feira, 5.000 balões e pipas nos territórios ocupados da Faixa por ocasião do Eid al-Fitr, que marca o final do mês de jejum muçulmano do Ramadã.

Ainda não existem informes sobre possíveis vítimas nem sobre a magnitude do dano causado pela artilharia do regime de ocupação. No entanto, os meios reportaram que dois jovens foram feridos à bala por soldados israelenses que abriram fogo contra eles na entrada da aldeia palestina de Nabi Saleh, próximo do Ramallah, na ocupada Cisjordânia.

O jornalista e ativista palestino Muhamad al-Tamimi indicou que os soldados israelenses dispararam, nesta manhã, de uma torre de vigilância situada na entrada da aldeia de Kafrin contra os homens residentes na localidade.

Um deles recebeu duas balas na perna, enquanto outro foi atingido na cabeça e no ombro. Posteriormente, ambos foram transferidos para um hospital próximo para receber tratamento médico, onde os médicos descreveram suas lesões como de gravidade moderada.

Os territórios ocupados foram cenário de novas tensões desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, em dezembro de 217, o reconhecimento de Al-Quds (Jerusalém) como “capital” do regime de Israel e anunciou a transferência para ali de sua embaixada, o que foi feito em 14 de maio.

A controvertida decisão provocou manifestações nos territórios palestinos ocupados e em outras partes do mundo. Além disso, mais de 135 palestinos foram assassinados por militares israelenses desde 30 de março passado, quando começou a Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza. Uns 14.700 palestinos ficaram feridos e centenas deles em estado crítico.

A Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) adotou, na quarta-feira, uma resolução auspiciada pela Turquia e Argélia, na qual se condena Israel pela morte de civis palestinos na bloqueada Faixa de Gaza.

Ver vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=VDlNiE2HR5I

Nova condenação da ONU: Israel deve abster-se de utilizar a força excessiva contra os civis palestinos

A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que deplora o uso excessivo, desproporcional e indiscriminado da força por parte das autoridades israelenses contra os civis palestinos no Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental e especialmente na Faixa de Gaza.

Com 120 países a favor, 8 contra e 45 abstenções, o projeto de resolução “Proteção da população civil palestina” foi adotado pela Assembleia Geral da ONU na tarde de quarta-feira.

O texto deplora o uso excessivo, desproporcional e indiscriminado da força parte das autoridades israelenses contra os civis palestinos no Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental e especialmente na Faixa de Gaza, em particular o uso de munição real contra manifestantes civis, inclusive crianças, assim como pessoal médico e jornalistas, e expressa sua grave preocupação pela perda de vidas inocentes.

Além disso, exige que Israel se abstenha de levar a cabo essas ações e cumpra plenamente as obrigações e responsabilidades jurídicas cabíveis em virtude do Quarto Convênio de Genebra, relativo à Proteção devida às Pessoas Civis em Tempo de Guerra, de 12 de agosto de 1949.

A resolução também deplora as ações que pudessem provocar atos violentos e colocar em risco a vida de civis e exorta todos os agentes a garantirem que os protestos se desenvolvam de maneira pacífica, uma vez que repudia o lançamento de foguetes dirigidos a zonas civis israelenses.

Uma menina palestina olha de sua casa em Gaza a destruição em seu redor. Foto: UNICEF

Assim, pede que sejam adotadas medidas urgentes para que se estabeleça imediatamente um cessar-fogo duradouro que seja respeitado e para colocar fim ao fechamento e às restrições impostas por Israel à entrada e saída da Faixa de Gaza e aos deslocamentos nessa zona.

Entre outras petições, também solicita ao Secretário Geral que examine a situação atual e apresente um informe por escrito nos próximos 60 dias, que contenha suas propostas sobre as maneiras e os meios de garantir a segurança, a proteção e o bem-estar da população civil palestina que vive sob ocupação israelense e, em particular, recomendações sobre um mecanismo de proteção internacional.

A resolução foi submetida pela Argélia, Turquia e Palestina e recebeu o repúdio dos Estados Unidos, cuja embaixadora, Nikki Haley, submeteu à votação o acréscimo de um parágrafo à resolução condenando especificamente o grupo Hamas por lançar mísseis repetidamente contra o lado israelense e por incitar a violência. A petição não passou ao não obter dois terços dos votos da Assembleia.

O texto que aprovou é quase idêntico ao do projeto de resolução submetido em 1° de junho ao Conselho de Segurança pelo Kuwait e que falhou em passar.

Fonte: Centro de Notícias ONU

Naftali Bennett: ‘Tel Aviv se apoderará rapidamente da Cisjordânia’

O ministro de educação israelense, Naftali Bennett, assegura que a Cisjordânia ocupada será, dentro de pouco tempo, parte do regime de Israel.

A Cisjordânia ocupada e todos os assentamentos construídos por Israel dentro desta região palestina “se converterão rapidamente em parte de Israel” precisou Bennett, segundo publicou a página web Middle East Monitor, na quarta-feira. As declarações do ministro israelense foram feitas depois que a justiça do regime de Tel Aviv ordenou o desmantelamento de 15 casas no assentamento Netiv Ha’avot, localizado ao sul da cidade de Beit Lahm (Belém), na Cisjordânia ocupada, por estar construída em terra de particulares palestinos.

Todas as colônias israelenses em território palestino são consideradas ilegais pelo direito internacional, porém não por Tel Aviv, que só vê fora da lei uma minoria que se construiu sem autorização oficial. O ultradireitista Bennett também assinalou que o regime aprovou a construção de um novo assentamento no lugar. “Um enorme bairro será construído nesta colina”, acrescentou.

Este plano é parte da política expansionista de Israel para construir umas 2.000 novas habitações na Cisjordânia, na Palestina ocupada, um projeto referendado em maio passado. Estas medidas contradizem a resolução aprovada no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) em dezembro de 2016, que insta Israel ao “cessar imediato e completo” de todas as atividades para ampliar os assentamentos nos territórios palestinos ocupados.

Uns 570.000 colonos israelenses vivem em mais de 120 assentamentos construídos por Israel desde o início da ocupação dos territórios palestinos da Cisjordânia e Al-Quds (Jerusalém) após a Guerra dos Seis Dias, em 1967. A comunidade internacional considera “ilegal” estas construções.

Fonte: News-front.info

Roland Garros 2018: Roger Waters apresentou a Copa dos Mosqueteiros com um keffiyeh palestino

O músico e ativista britânico Roger Waters usou um keffiyeh palestino ao apresentar a Copa dos Mosqueteiros do Aberto da França, “Roland Garros 2018”, na qual a estrela do tênis espanhol, Rafael Nadal, ganhou o título pela décima primeira vez. (Vídeos)

O músico e ativista britânico Roger Waters usou um keffiyeh palestino ao apresentar a categoria masculina da Copa dos Mosqueteiros do Aberto da França, “Torneio de Roland Garros”.

Waters apresentou o troféu junto com a atriz Lea Seydoux antes da partida entre o austríaco Dominic Thiem e o espanhol Rafael Nadal em Roland Garros, em Paris, França, no domingo, dia 10/06.

O ex integrante do Pink Floyd se uniu ao movimento pró-palestino Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) no ano de 2011, porém já tinha começado a apoiá-lo uns anos antes, quando os defensores palestinos do boicote o convenceram a visitar o Muro do Apartheid para reconsiderar seu show planejado para o ano de 2006, em Tel Aviv.

Seu ato de solidariedade no popular evento esportivo internacional ocorreu dias após reservar um tempo antes de um show em Berlim para defender o movimento BDS e ressaltar a difícil situação dos palestinos em Gaza depois das recentes execuções extrajudiciais perpetradas pelas forças israelenses na fronteira entre Gaza e Israel durante os protestos da Grande Marcha do Retorno deste ano, nas quais mais de 100 manifestantes foram assassinados por disparos de franco-atiradores.

Ao respaldar o movimento, Waters escreveu um artigo de opinião publicado pelo The Guardian em 2011, que dizia:

“Em 1980, uma canção que escrevi, Another Brick in the Wall, Parte 2, foi proibida pelo governo da África do Sul porque estava sendo utilizada por crianças sul-africanas para defender seu direito à educação igualitária”.

Ele acrescentou:

“Vinte e cinco anos depois, em 2005, as crianças palestinas que participavam de um festival da Cisjordânia usaram a canção para protestar contra o muro israelense que rodeia a Cisjordânia. Cantaram: ‘Não precisamos de nenhuma ocupação! Não precisamos de nenhum muro racista!’”.

Agora, Waters é um dos membros mais destacados do movimento BDS.

Fonte: Roger Waters Presents French Open Trophy Wearing Palestinian Keffiyeh (VIDEOS)

Vídeo 1: https://www.youtube.com/watch?v=xlD-Othn2bQ

Vídeo 2: http://www.resumenlatinoamericano.org/2018/06/16/palestina-israel-ataca-con-artilleria-el-sur-de-la-franja-de-gaza-nueva-condena-de-la-onu-israel-debe-abstenerse-de-utilizar-la-fuerza-excesiva-contra-los-civiles-palestinos-gaza-tiene-su-propia/

Copyleft: Toda reprodução deste artigo deve contar com o link original inglês e a tradução de Palestinalibre.org

Fonte: Palestine Chronicle / Traducción: Palestinalibre.org


Israel pressionou o bairro francês para que retirasse uma placa comemorativa da Nakba

Sob a pressão israelense, um subúrbio francês retirou uma placa comemorativa da Nakba.

A placa da rua, que estava escrita em francês e em árabe, dizia: “Em memória da expulsão de 800.000 palestinos e da destruição de 532 aldeias em 1948 pela criminosa guerra David Ben-Gurion pela criação de Israel” [Twitter]

Sob pressão israelense, um subúrbio francês retirou hoje uma placa comemorativa da Nakba.

O prefeito de Bezons, um subúrbio ao noroeste de Paris, inaugurou a placa “Nakba Lane” na segunda-feira para comemorar o 70° aniversário da Nakba. A placa foi removida horas depois de sua instalação, após uma solicitação do alto funcionário da região, que disse que poderia “perturbar seriamente a ordem pública”, segundo PressTV.

A placa de rua, que estava escrita em francês e árabe, dizia: “Em memória da expulsão de 800.000 palestinos e da destruição de 532 aldeias em 1948 pela criminosa guerra David Ben-Gurion pela criação de Israel”.

Israel pressionou o subúrbio para que retirasse a placa com o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, Emmanuel Nahshon, descrevendo a mudança do nome da rua como “um ato nauseante”. A embaixadora de Israel na França, Aliza Bin-Noun, acusou o prefeiro de apoiar o “terrorismo palestino” e incitar o ódio.

A placa também gerou críticas de uma série de grupos pró-israelenses em toda a França. O presidente do Conselho Representativo de Instituições Juvenis da França (CRIF), um grupo de comunidades judias francesas, classificou a placa de rua como “escandalosamente irresponsável e perigosa”.

Em 2014, se ordenou ao mesmo subúrbio que retirasse uma placa comemorativa para Majdi Al-Rimawi, um membro encarcerado da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP).

Na semana passada, o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniu com presidente da França, Emmanuel Macron, no Palácio Elysée para falar sobre a política regional e o acordo nuclear do Irã. Durante sua estada em Paris, Netanyahu disse aos líderes da comunidade judia da cidade que “Israel deteve uma grande quantidade de ataques na Europa e continuará fazendo-o”, segundo Haaretz.

Em dezembro de 2017, Macron assinalou a Netanyahu que deveria “empreender gestos de paz para com os palestinos”, o que poderia incluir o congelamento da construção ilegal de assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada. O primeiro ministro israelense respondeu que “quanto antes os palestinos enfrentarem a realidade de que Jerusalém é a capital de Israel, mais rápido existirá a paz”, informou Haaretz.

Macron condenou a decisão dos Estados de Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e transferir a embaixada dos Estados Unidos para a cidade, qualificando-a como uma “ameaça à paz”. Os representantes franceses não assistiram à cerimônia de abertura da embaixada em maio.

Fonte: Israel pressures French suburb to remove Nakba street sign

Copyleft: Toda reprodução deste artigo deve contar com o link original inglês e a tradução de Palestinalibre.org

Fonte: Middle East Monitor / Traducción: Palestinalibre.org


Young Fathers, vetados em um festival por apoiar o Boicote a Israel

Young Fathers foram eliminados do cartaz de um festivala alemão por seu apoio ao boicote cultural a Israel.

O movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), que secunda o trio escocês, tem como objetivo “colocar fim ao apoio internacional à opressão dos palestinos por parte de Israel” e fazer com que Israel cumpra com a lei internacional.

Em uma declaração no site do festival Ruhrtriennale, os organizadores do mesmo confirmaram que a apresentação da banda tinha sido cancelada porque seus integrantes não tinham se “distanciado” da campanha do BDS, tal e como havia sido solicitado.

A diretora artística Stefanie Carp escreveu: “Não concluímos explícitamente que a banda seja antissemita e, neste contexto, considero importante enfatizar que as críticas à política do atual governo israelense não são por si equivalentes a antissemitismo”.

E deixou claro que o Ruhrtriennale Festival deseja não ter absolutamente nenhuma conexão com o movimento BDS, lamentando que a Young Fathers já não seja parte do evento.

Por sua parte, a Young Fathers disse a Artists For Palestine UK que pensavam que era algo “incorreto e profundamente injusto” que o festival pedisse que eles se distanciassem de seus “princípios de direitos humanos para que a aparência siga adiante”.

“Qualquer um que conheça a banda e nossa história saberá que nos opomos a todas as formas de ódio e discriminação racial. E nós, como o BDS, não toleramos nenhum ato ou discurso que adote ou promova, entre outros, o racismo contra os negros, o racismo anti-árabe, a islamofobia, o antissemitismo, o sexismo, a xenofobia ou a homofobia”.

“Apoiamos um dos únicos protestos pacíficos que uma pessoa possa empreender, com a esperança de obter uma paz justa e integral que permita aos refugiados palestinos o direito a regressar a uma pátria segura, e que permita aos israelenses e palestinos de todas as religiões (e nenhum) viverem juntos em paz”.

Thurston Moore e Brian Eno, defensores do BDS, criticaram nas redes sociais a decisão do festival de eliminar a Young Fathers de seu cartaz.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=qQFPikYSalg

Fonte: Plásticos y Decibelios (blog)

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2018/06/16/palestina-israel-ataca-con-artilleria-el-sur-de-la-franja-de-gaza-nueva-condena-de-la-onu-israel-debe-abstenerse-de-utilizar-la-fuerza-excesiva-contra-los-civiles-palestinos-gaza-tiene-su-propia/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)