Uma cúpula dos povos contra os líderes do G-20
Buenos Aires (Prensa Latina)
Uma cúpula onde os povos levantarão suas vozes através de uma grande quantidade de movimentos e organizações sociais começou neste dia 28 e seguirá até o dia 30/11 para se contrapor à presença dos líderes do G20 e do FMI na Argentina.
Com o grito de “Não ao G20, fora FMI!”, diversos atores da sociedade civil de várias partes da região e da Europa convergirão ao evento, cuja abertura foi nesta quarta-feira na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires e na quinta, um dia antes da cúpula de líderes, estará à vista de todos na chamada Praça dos dois Congressos.
Uma intensa programação acadêmica de conferências, palestras e oficinas se desenvolverá nestes dois dias como parte da semana de ação global que, da Argentina ao mundo, se realiza contra as políticas promovidas pelo G20, ao qual pertencem 19 países mais a União Europeia.
A jornada da Cúpula dos Povos começa com um dos temas mais complexos que impactam sem dúvidas a região: o do feminismo, com o lançamento da campanha “Nosso Corpo, Nosso território”.
O encontro abrirá espaço para uma conversa sobre os processos de expropriação capitalista e criminalização e ameaças às defensoras dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexuais).
Outro dos painéis sobre a mesa nesta chamada contracúpula será o das multinacionais e seu poder, com uma conferência sobre injustiça tributária, investimento sem regras, dívidas ilegítimas e livre comércio.
Um amplo leque de temáticas será abarcado por esta primeira jornada, que inaugura de forma paralela um importante Fórum da Juventude, com as experiências de organização popular contra a violência do Estado, as políticas da infância e juventude em tempos de FMI.
A cúpula dos povos terá seu momento mais importante nesta quinta-feira com a instalação de várias barracas em frente ao Congresso Nacional, onde haverá desde importantes intervenções e palestras até apresentações artísticas durante todo o dia e quase entrando na madrugada.
A expectativa é que todas as organizações participantes de várias partes do planeta concluam a jornada com uma marcha no sábado contra a cúpula e a presença de vários de seus líderes, entre eles o estadunidense Donald Trump, na emblemática avenida 9 de julho. agp/may/jp/gdc
Argentina: tem início a Semana de Ação
Global “Fora G-20 y FMI”
Resumen Latinoamericano
Fóruns, oficinas, atos culturais e políticos, feiras populares e uma grande marcha final em nível nacional ocupará a agenda popular da Argentina em repúdio e resposta ao G-20.
Com o nome de “Semana de Ação Global: Fora G-20 e FMI!“, organizações sociais da Argentina, agrupadas sob a Confluência Fora G-20 e FMI começaram, desde o fim de semana passado diversas atividades programadas em contraponto à cúpula, que, nesta sexta 30 de novembro e sábado 1 de dezembro se dará em Buenos Aires, capital do país.
Seminários, mesas de discussão, atos político-culturais, oficinas, palestras, marchas, eventos musicais, feiras de economia popular, conferências e uma festa final como encerramento, ocorrem de segunda a sexta pelas convocatórias públicas e gratuitas contempladas no repúdio ao G-20, como uma resposta construída pelo povo organizado e sua própria cúpula.
Além disso, se levarão a cabo reuniões de redes internacionais como a ALBA Movimentos, a Rede Mundial de Advogados pela Soberania Alimentar, o Encontro Sindical Nossa América e as Plataformas regionais contra os Tratados de Livre Comércio (TLC).
As atividades abordarão temas de economia, gênero, migração, trabalho sindical, saúde, política, direitos humanos, cooperação entre os povos e os efeitos do imperialismo e do FMI no mundo e na América Latina, entre outros, como uma resposta alternativa e crítica aos efeitos do sistema neoliberal propagado pelo G-20 e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
As atividades da “Semana de Ação Global: Fora G-20 e FMI” se manterão até o dia 29 de novembro, tendo como ato de encerramento a leitura da declaração da “Confluência Fora G-20 e FMI” y, posteriormente, uma Festa dos Povos, da qual participarão artistas nacionais e internacionais.
Na sexta 30, dia em que se inaugura a cúpula do G-20, está convocada a “Jornada Nacional contra o G-20 e o FMI “, que contempla massivas marchas que se realizarão por todo o território argentino.
Atividades destacadas
Segunda 26 | Seminário Internacional: Mundo em convulsão – turbulências financeiras, políticas e tecnológicas. Uma perspectiva feminista.
Terça 27 | Palestra – G-20, trabalho em plataformas e luta sindical. Experiências de organização e resistência.
Quarta 28 | Fórum da Juventude: Experiências de organização popular frente à violência do Estado. Políticas para a infância e a juventude em tempos de FMI
Quinta 29 |16 a 18 h. Oficina sobre Internacionalismo, com companheiros e companheiras dos países integrantes da ALBA MOVIMENTOS (Adolfo Alsina 1744, CABA)/ Feira da Economia Social, Solidária e Popular.
Sexta 30 | Marchas em nível nacional contra o G-20, às 15:00 (hora local) em todo o país.
Programação completa:
https://noalg20.org