Antônio Campos, presente!
O Partido Comunista Brasileiro lamenta profundamente a morte do camarada Antônio Campos. Campos começou sua militância aos 16 anos em João Pessoa, na Paraíba. Participava de atividades da Juventude Comunista e ligadas ao apoio às Ligas Camponesas. Durante a ditadura empresarial-militar, atuou por diversas organizações, como a Vanguarda Leninista, o Partido Operário Revolucionário – Trotskista e a Fração Bolchevique Trotskista, sempre na luta, comprometido com os explorados e oprimidos.
Foi preso, torturado e perseguido pela ditadura empresarial-militar. Não importasse o nível de perseguição, nunca deixou de lutar contra os militares que faziam o papel de gerentes da burguesia naquele momento histórico. Na volta da democracia burguesa, foi um firme crítico da conciliação pelo alto, que protegeu os torturadores e golpistas.
Campos foi um destacado sindicalista do sindicato dos bancários e passou os últimos anos dedicando seus esforços à punição de todos os torturadores, abertura dos arquivos da ditadura e na luta pela memória, verdade e justiça. Foi fundador e era presidente da APAP – Associação dos anistiados e presos políticos. Já era tradicional na política pernambucana, no dia do golpe, ver Campos e os/as camaradas da APAP na Praça do Diário em mais um ato, relembrando a tragédia que foi o golpe de 1964, a memória dos perseguidos e cobrando as pautas históricas da esquerda que não se rendeu, como a punição aos torturadores.
O PCB esteve junto com Campos e a APAP em várias atividades e ações. Campos era um revolucionário, um homem com uma vida dedicada à luta, um batalhador incansável.
Apresentamos nossos sentimentos para familiares, amigos e camaradas de luta de Antônio Campos. Sua luta, seu legado e as bandeiras que levantou durante toda uma vida nunca serão esquecidas!
Campos, presente!