Renata Regina (PCB-MG): por uma mineração estatal

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Temos enfrentado as consequências desastrosas que a ofensiva contra o meio ambiente, determinada pela lógica capitalista, impõe à classe trabalhadora.O descaso em relação ao meio ambiente vem se acentuando com o avanço de ações como a redução sistemática da fiscalização sobre a extração ilegal de madeira, atividades de mineração igualmente ilegais e o desmatamento criminoso que ocorre de forma sistemática na Amazônia, no Cerrado e em outras regiões, ações voltadas unicamente a beneficiar o agronegócio, as mineradoras, os madeireiros e grupos capitalistas que operam burlando a legislação e na contramão das políticas de preservação e recuperação ambiental, aprofundando os ataques aos povos originários, quilombolas, camponeses e trabalhadores.

A luta ambiental e a luta pelos direitos de indígenas, quilombolas e populações tradicionais é a luta da maioria da população, da classe trabalhadora, pois somos nós que sofremos os efeitos da degradação. A degradação em curso é decorrência direta do desenvolvimento do capitalismo, gerador da poluição, da perda de biodiversidade, contaminação e comprometimento da água e esgotamento dos solos pela grande agricultura mecanizada exportadora, pelo uso indiscriminado de agrotóxicos que trazem danos à saúde humana, ao mesmo tempo em que os preços dos alimentos para consumo interno sobem cada vez mais e milhões de brasileiros passam fome. É preciso superar a mineração predatória que ocorre sob os marcos do sistema capitalista, pautado na destruição ambiental e na superexploração da força de trabalho.

POR UMA MINERAÇÃO ESTATAL E GERIDA PELOS TRABALHADORES!
PELO TOMBAMENTO DA SERRA DO CURRAL!
PELO PODER POPULAR, RUMO AO SOCIALISMO!
FORA ZEMA!


Gabriel Colombo (PCB-SP): A crise ecológica que se apresenta

As mudanças climáticas já têm promovido efeitos catastróficos, sobretudo, mas não apenas para os países da periferia do capitalismo, como o Brasil.

Para a burguesia mundial, a solução é criar mercados “verdes” e regular a investida capitalista para, pelo menos, aumentar o tempo de vida que nos resta diante da catástrofe criada por este modo de organização e produção. Desde o primeiro encontro “pelo clima”, criam-se metas que não são cumpridas, regulações que não são respeitadas, transições energéticas incompatíveis com a urgência do problema.

Quando movimentos sociais apontam que corremos para o precipício, os representantes da burguesia dizem que nós somos os extremistas, pois supostamente não seria possível mudar as coisas em sua raiz, e que é preciso debater mais.
Mas sabemos que o capitalismo precisa da ação predatória para se reproduzir. Por isso só poderemos barrar a nossa própria destruição superando o modo de vida que nos trouxe até este lugar. Assim, poderemos não apenas melhorar nossa condição de existência, como garantir a própria continuidade da existência humana.

A burguesia, verdadeira sacerdote da catástrofe, ajoelha-se ao “deus mercado”, que o serve, e entrega a Terra e a humanidade como sacrifício no altar da História.

Pois cabe a nós dizer, então: que tentem a sorte. Temos convicção que por vontade da classe trabalhadora de todo o mundo, como o motor de transformação, orientada pelo socialismo, poderemos reverter a destruição do meio-ambiente e da sociabilidade humana, construindo uma aurora da humanidade e da existência sustentável e duradoura na Terra.

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