5 de setembro de 1978 – Homenagem a Roberto Morena

Roberto Morena nasceu no dia 07 de junho de 1902, no Rio de Janeiro. Em 1924, ingressou no PCB. Preso em 1932 na ilha Grande (RJ) em função de sua participação na organização da

greve da São Paulo Railway, foi posto em liberdade em 1934, ano em que se exila no Uruguai – lá foi detido duas vezes.

De volta ao Brasil, assume em fins de 1935 um posto na direção do PCB. Novamente preso em 1936, permanece detido no Rio de Janeiro até junho de 1937, quando segue para a Espanha para combater, ao lado das forças republicanas, na Guerra Civil Espanhola. Com a vitória dos franquistas, refugia-se na Argélia. Nesse mesmo ano, radica-se na União Soviética, onde passa a trabalhar em uma fábrica de tratores.

De volta ao Brasil, assume em 1943 o trabalho de reorganização do PCB, sendo novamente preso. Eleito em 1945 para a direção do partido no Rio de Janeiro, torna-se secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores do Brasil (CTB), fundada na ocasião. Com a repressão proveniente da política anticomunista do governo do presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) e o fechamento da CTB, exila-se em 1947 no México,

Retornando ao Brasil em 1950, elege-se no pleito desse ano deputado federal na legenda do Partido Republicano Trabalhista. Ainda nesse ano, participou da Liga de Emancipação Nacional, entidade fundada no ano anterior e fechada em junho pelo presidente Juscelino Kubitschek, acusada de infiltração comunista.

Atua no início da década de 1960 como membro do Comando Geral dos Trabalhadores e dirigente do Pacto de Unidade e Ação. Com o golpe de 1964, tem seus direitos políticos cassados através do Ato Institucional nº 1.

Deixa o Brasil nesse mesmo ano, exilando-se no Uruguai, onde permanece por três anos. Eleito no VI Congresso do PCB para o Comitê Central, vive durante um ano no Chile, transferindo-se a seguir para a Tchecoslováquia, onde passou a representar o Brasi junto à Federação Sindical Mundial.

Falece em Praga, em 5 de setembro de 1978, e seu corpo é cremado. As cinzas só foram sepultadas em solo brasileiro, como era seu desejo, em junho de 1980 – após decretação da Anistia.

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