SAUDAÇÃO AO ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DO PCB
A emblemática data de 17 de janeiro de 1950 está registrada no calendário sociopolítico de nosso país como o significativo acontecimento histórico que abriu o canal para a organização revolucionária dos trabalhadores bolivianos, muito além de suas reivindicações econômicas, com um projeto de poder que constitui a Revolução Democrática, Popular, Antioligárquica e Anti-imperialista, como caminho para a libertação nacional e social.
Após a experiência frustrada de 1952, do ciclo reacionário de ditaduras militares e da abertura democrática da UDP, foi imposto o modelo neoliberal do capitalismo dependente por duas décadas. Até que, impulsionada pela luta da classe operária, do campesinato, das nacionalidades nativas e das camadas médias empobrecidas, possibilitou-se a emergência de uma nova realidade, na qual vivemos a partir de 2006.
O Partido acumulou uma valiosa trajetória de luta a serviço do povo e de suas mais caras aspirações. Não só conservamos como desenvolvemos tais pretensões, enfrentando os desafios colocados pela atual correlação de forças a nível nacional e internacional. A Bolívia está imersa em um contexto continental do qual não podemos escapar. Nosso compromisso internacionalista reclama maior solidariedade com a Revolução Cubana e os cinco heróis antiterroristas presos nos Estados Unidos, com a Revolução Bolivariana da Venezuela e seu líder Comandante Hugo Chávez, com as grandes mobilizações planetárias contra a crise do sistema capitalista e com a luta pela paz promovida por povos agredidos pelo império e seus lacaios, como a Síria, que se apresentam como combatentes e resistentes.
Hoje, tendo como motivo o 63° aniversário de fundação de nosso Partido, requeremos da militância e dos simpatizantes à causa do socialismo, a necessária e indispensável coesão em torno do avanço do processo de transformações para maiores mudanças estruturais.
A contribuição a este empenho está comprovada pela trajetória democrática e antiditatorial que custou aos comunistas perseguições, confinamentos, torturas, exílios e vidas tão valiosas, como a do líder mineiro Rosendo García, do intelectual Roberto Alvarado e o exemplo de integridade revolucionária do ex-Secretário Executivo da Central Operária Boliviana, camarada Simón Reyes.
Assim, é necessário a militância reafirmar nossa identidade e unidade ideológica, política e orgânica, além de redobrar esforços para organizar as massas e nossos quadros com o centralismo democrático, a disciplina consciente, a direção coletiva, a crítica e autocrítica, que são razão de ser de toda coletividade do campo popular. Ao cerrar fileiras consciente e unitariamente, buscamos incentivar o aprofundamento revolucionário do caminho da emancipação que o povo boliviano decidiu recorrer e sustentar pela dignidade, soberania e justiça social. Assim, nós comunistas bolivianos deixamos reafirmamos a linha que sempre capitaneou nossos atos na vida militante.
PELO RESGATE DA PÁTRIA, RUMO AO SOCIALISMO!
La Paz, 17 de janeiro de 2013.
Comissão Política
PARTIDO COMUNISTA DA BOLÍVIA
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)