Carta exige suspensão de acordo comercial Mercosul-Israel

Em uma carta assinada por 22 entidades e cidadãos vinculados aos movimentos sociais da Argentina, Venezuela, Guatemala e Colômbia, e remetida aos chanceleres dos países do Mercosul, solicitam a suspensão do Tratado de Livre Comércio (TLC) do Mercosul com o Estado de Israel, ante os crimes de lesa humanidade praticados na Faixa de Gaza contra civis palestinos.

A carta foi enviada a Héctor Timerman, da Argentina; David Choquehuanca, da Bolívia; Luiz Alberto Figueiredo, doBrasil; Eladio Lozaiga, doParaguai; Luís Almagro, doUruguai; e Elias Jaua Milano, da Venezuela.

O Acordo Marco de Comércio foi aprovado pela Decisão CMC Nº 22/05, durante a XXIX Reunião do Conselho Mercado Comum, realizada no dia 08 de dezembro de 2005, aprovada por decisão CMC Nº 22/05 com efeito de começar a negociação de um Acordo de Livre Comércio. No dia 18 de dezembro de 2007, foi assinado, em Montevidéu, Uruguai, o Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e Israel.

“Cabe destacar que nossa solicitação de suspensão do Acordo de Comércio se baseia na flagrante violação de Direitos Humanos perpetrada pelo Estado de Israel sobre a população civil da Faixa de Gaza, Estado Palestino, que configura crimes de guerra e/ou crimes de lesa humanidade, mencionados na Convenção Interamericana sobre Desaparecimento Forçado de Pessoas e na Convenção sobre a imprescritibilidade dos crimes de guerra e dos crimes de lesa humanidade”, assinala o documento.

Uma das condições essenciais para aprovar tratados com Estados latino-americanos ou demais Estados estrangeiros é que se respeitem os direitos humanos. “Também exigimos ante os Estados Parte do Mercosul, por meio de seu presidente Pro Tempore, Nicolás Maduro Moros, que ative os mecanismos legais necessários para o tratamento dessa solicitação no próximo dia 29 de julho, na Cúpula de Presidentes do Mercosul, que acontecerá na cidade de Caracas.

Mais adesões podem ser enviadas através do Twitter @matrizur e para o e-mail prensa@matrizur.org

Os signatários da carta são: Agrupamento 5 de marzo (Argentina); Coletivo Noalcopirrait; Grupo Campesinos por la Semilla Orgánica (Argentina); Coletivo 16:25; Agrupamento La Plata Libre (Argentina.); Agrupamento de Estudiantes Tiza Roja (Argentina); Coletivo Rosario Libre (Argentina.); Agência Popular Matrizur.org (Argentina); Coletivo Patria Grande(Venezuela); Mariadela Villanueva (Venezuela); Percy Francisco Alvarado Godoy (Guatemala);Nicolás Álvarez Guevara (Argentina); Eduardo M. Scolnik (Argentina); Marx José Gómez Liendo (Venezuela); Colecivo Kinkalla Visual (Venezuela); Federação de Trabajadores Minero-Energeticos de Colombia (Funtraenergética);Maximiliano Pedranzini (Argentina);Alberto Rabilotta (Argentina-Canadá);Alfonso Rodríguez; Força Bolivariana Universitaria,Universidade de Los Andes (Mérida, Venezuela);Fernando Bossi – Portal Alba (Venezuela); e Projeto Poder en la Red (Venezuela).