74 anos da NAKBA. Pela Palestina livre!
Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
No dia 15 de maio de 2022 completaram-se 74 anos da política de limpeza étnica na Palestina, quando ocorreu a Nakba – termo árabe que significa “catástrofe” -, referência à criação do Estado de Israel em terras palestinas, que expulsou cerca de 2/3 desta população.
Mais de 750 mil palestinos foram expulsos de suas terras, tendo suas casas destruídas e seus direitos negados. Este é o resultado de um processo de criação unilateral do Estado de Israel em 78% do território da Palestina, conforme Resolução 181 da ONU, de 1947.
A expulsão dos palestinos e a limpeza étnica promovidas por meio de demolições de casas, invasões de terras, assassinatos de pessoas como punição coletiva, dentre elas crianças, mulheres e idosos e a anexação de áreas ocupadas por assentamentos ilegais, avançam e continuam nesses últimos setenta e quatro anos de genocídio do povo palestino.
O território continua sendo ocupado pelo Estado de Israel, e o colonialismo sionista segue avançando contra a população palestina. Em que sofre, especialmente, o território ocupado de Gaza, por ser um legítimo e importante polo de resistência diante dos constantes e massivos ataques. Esses atos são legitimados para que imigrantes europeus ou norte-americanos de origem judia ocupem as terras e o território palestino.
Portanto, a defesa das liberdades civis, a luta contra o apartheid racial e contra a presença das forças de ocupação de Israel é uma tarefa radicalmente democrática e internacionalista, defendida pelos comunistas, pela emancipação dos povos de todo o mundo.
Nesse sentido, não podemos deixar de mencionar o recente acontecimento, na tarde da última quarta-feira, 11 de maio, em que a jornalista Shireen Abu Akleh, da Al-Jazeera, foi brutalmente executada em Jenin, na Palestina ocupada, pelo Estado de Israel enquanto trabalhava, vestida com um colete que a identificava pela sua profissão.
Shireen Abu Aqleh era uma jornalista palestina nascida na cidade sagrada de Jerusalém ocupada, com cidadania dos EUA. Era uma veterana correspondente da rede Al-Jazeera, onde trabalhava há mais de vinte e cinco anos.
O COLETIVO FEMINISTA CLASSISTA ANA MONTENEGRO manifesta todo o seu apoio e solidariedade às lutas do povo palestino contra e pelo fim da ocupação israelense, pelo direito ao retorno dos refugiados para suas casas, como uma questão política e humanitária.
Pela libertação dos prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, com atenção especial às mulheres e crianças, pela interrupção dos projetos de ampliação dos assentamentos ilegais.
Todo apoio ao estabelecimento do Estado palestino, tendo como sua capital Jerusalém Oriental!
Nos solidarizamos e somamos esforços junto ao povo palestino nesta luta pela sua autodeterminação, seu direito de retorno e pela libertação total da Palestina, do mar Mediterrâneo ao rio Jordão!
Refutamos todas as posições políticas contra o povo palestino pelo Governo brasileiro de Bolsonaro, pelas ações imperialistas, ao lado do sionismo, em sua essência colonial e fascista. Assim como repudiamos todos os assassinatos de jornalistas e trabalhadores em exercício nacional e internacional no território, que têm sido recorrentes e que visam calar a verdade sobre os crimes contra a humanidade e as violações dos direitos humanos dos palestinos, cometidos diariamente pelos agentes do Estado de Israel.
A luta pela Palestina Livre é uma luta contra o racismo, o capitalismo e o imperialismo!
15 de maio de 2022
Coordenação Nacional Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro – Filiada à FDIM