VIVA OS 95 ANOS DA UJC!

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Coordenação Nacional da União da Juventude Comunista (UJC)

No dia 1º de Agosto, a União da Juventude Comunista (UJC), a juventude do Partido Comunista Brasileiro (PCB), completa 95 anos de lutas ao lado da juventude e do povo trabalhador brasileiro.

Nesse último período, a UJC aprofundou suas formulações políticas e avançou em termos organizativos, podendo dar importantes passos no sentido da consolidação do processo de Reconstrução Revolucionária do PCB.

Hoje a UJC se apresenta como uma alternativa revolucionária de organização às massas de jovens inconformadas/os com o atual sistema societário e que têm sentido na pele o avanço da exploração do trabalho e da retirada de direitos, que tendem a acirrar cada vez mais a luta de classes no nosso país.

A UJC vem se enraizando cada vez mais nas lutas sociais que se travam por todo o país, estando, atualmente, organizada em todas as regiões do nosso país, inserida em diferentes fóruns de lutas, em frentes do movimento popular e cultural e na agitação e propaganda voltada para a organização da juventude trabalhadora.

A UJC, através de sua trajetória de 95 anos, mostrou e mostra a possibilidade de se organizar de maneira revolucionária a juventude brasileira.
Mesmo cometendo erros e desvios em nossa história, estivemos presente em momentos marcantes das lutas da juventude e, em vários momentos, extrapolamos as lutas juvenis e assumimos de coração as mais relevantes lutas do povo trabalhador brasileiro, ao qual ligamos nosso nome e nossa história, combatendo, abertamente ou nas trevas, sacrificando vidas jovens em prol da causa mais jovem, a causa do amanhã, do vir a ser, do COMUNISMO.

A UJC reativa-se na prática, diariamente, atraindo diversas/os jovens, que vêem na UJC a possibilidade de contribuírem para uma transformação qualitativa da sociedade, potencializando o ser humano na construção não apenas da nova sociedade, mas também na construção do próprio novo ser humano.

#UJC95Anos
É REVOLUCIONÁRIA E ANTI-IMPERIALISTA, VIVA A UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA!
PELO PODER POPULAR E O SOCIALISMO!

A Fundação da UJC

O dia 1º de agosto foi escolhido como data para o Ato de Fundação da Juventude Comunista, pois congregava na mesma data o Dia Internacional da Juventude e o Dia Internacional de Luta Contra a Guerra, bandeira, esta defendida pelas juventudes comunistas do mundo todo. Como cerca de 80% a 90% da composição da JC era de jovens trabalhadores, inclusive a maior parte da direção provisória que seria indicada, existiu uma preocupação em vincular a JC com o mundo do trabalho. Assim, o local escolhido para o evento era uma referência para os trabalhadores da época, um importante sindicato: a União dos Trabalhadores Gráficos (UGT), com sede no centro do Rio de Janeiro, próximo ao Campo de Santana.

Comentando a solenidade, Leôncio Basbaum descreve “(…) uma bela festa com discursos, nos quais o que mais se destacou foi o de um jovem metalúrgico, de uns 17 anos, Jaime Ferreira, que não sabia como acabar o seu discurso. Ao fim de quase meia hora, tive de puxá-lo pela manga para que sentasse (…)”.

Com a fundação da JC foi indicada uma direção nacional provisória, onde Leôncio Basbaum foi eleito Secretário Geral. Basbaum ocupou o cargo até o ano de 1929, quando completou 21 anos e, seguindo as decisões estatutárias de então da Juventude Comunista, deveria ingressar no PCB. A primeira direção nacional, de caráter provisório, denominado de Comitê Central, era um reflexo das principais características das juventudes comunistas, suas limitações e possibilidades de trabalho. Foram indicados como membros da direção os jovens trabalhadores, na maioria operários: Jaime Ferreira, Elisio, Altamiro, Brasilino, Pedro Magalhães, e os estudantes Artur, Manuel e Leôncio Basbaum.

Com o intuito de potencializar as intervenções da JC, foi criado o jornal O Jovem Proletário. O jornal tornou-se o porta-voz semanal da Juventude Comunista, que teve seu nome alterado para Juventude Comunista Brasileira – JCB. O grande mote do jornal eram as denúncias, sendo elas de caráter geral – como a visita de navios de guerra dos EUA – , ou referentes ao cotidiano dos jovens – situação dos jovens trabalhadores e a luta pela redução da jornada de trabalho, bandeira defendida pela JCB. Nos primeiros números foram apresentados à Juventude Comunista as referências internacionais ao trabalho da juventude: textos de Karl Liebknecht, de Lênin, da UJC Soviética (Komsomol) e também, além das denúncias, reportagens sobre a dura realidade vivida pela juventude trabalhadora brasileira e mundial.

No que diz respeito à relação da Juventude com o Partido, Basbaum identificava a maneira como ela seria conduzida no trabalho prático: “embora por vezes ultrapassamos nosso campo de ação, procurando tomar atitudes políticas, na verdade tínhamos de seguir a linha traçada pelo próprio Partido. Nossa ação se limitava a recrutar jovens nas fábricas, nas empresas ou no comércio, e mesmo em escolas superiores (…)”.

Dentre as dificuldades iniciais ainda havia o fato de possuir um efetivo de jovens com diferentes graus de estudos, desde analfabetos até estudantes de nível superior. Era preciso traçar uma política que garantisse a unidade de um grupo tão heterogêneo e, principalmente, representasse todos, uma tarefa bastante árdua. Vislumbrando sanar tais carências, a Juventude Comunista lançou mão de diversos tipos de atividades de formação, recreativas e culturais, organizando em 1928 o Centro de Jovens Proletários. Tratava-se de um centro cultural e recreativo que buscava agregar os jovens trabalhadores, fornecendo ao mesmo tempo lazer e conhecimento.

(…)

Novas vitórias seriam permeadas por derrotas, perseguições, prisões e mortes. Contudo, mesmo com toda dificuldade, a Juventude Comunista entrava de vez no cenário político brasileiro, tanto pelo seu pioneirismo, como pela sua permanente capacidade de se reinventar e se reorganizar de acordo com as demandas da juventude brasileira e do conjunto da classe trabalhadora. Inegavelmente a história da Juventude Comunista, assim como do PCB, confunde-se com a história do Brasil, de seu povo e de suas lutas.

Leia na íntegra o artigo de Heitor César de Oliveira e Maria Fernanda Scelza sobre a história da UJC em https://pcb.org.br/portal2/26856

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