Cuba: farol e guia dos povos em luta
A 22ª Reunião Internacional dos Partidos Comunistas e dos Trabalhadores contribuirá para a unidade, intercâmbio e cooperação entre os partidos comunistas do mundo, assim como para alcançar maior relevância e impacto político deste fórum
Autor: Milagros Pichardo | internet@granma.cu
Diante dos desafios enfrentados pelas partes e forças da esquerda, diante da complexa situação internacional, marcada pelo avanço da ofensiva imperialista, a crise sanitária, a condição ambiental e a ameaça à paz mundial, são necessários mecanismos de consulta e diálogo.
Um momento propício para isso será a 22ª Reunião Internacional dos Partidos Comunistas e Trabalhadores, que será realizada na capital cubana de 27 a 29 deste mês; um espaço no qual, além da reflexão e do intercâmbio, reunirá os esforços internacionais na luta anti-imperialista diante do capitalismo e de suas políticas, da ameaça do fascismo e da guerra.
Durante os intercâmbios dos mais de 80 partidos confirmados até agora, será promovida a solidariedade com a Revolução Cubana, contra o intenso bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos; uma condenação crucial, poucos dias antes da votação da Assembleia Geral das Nações Unidas pela trigésima vez para a eliminação desta política genocida.
Este encontro, que não se realiza desde 2019 devido à pandemia da Covid-19, contribuirá para a unidade, intercâmbio e cooperação entre os partidos comunistas do mundo, bem como para alcançar maior relevância e impacto político deste fórum, que reúne várias organizações políticas semelhantes à ideologia marxista-leninista, comunista e internacionalista.
«A fim de designar Cuba como o local desta 22ª edição, o Grupo de Trabalho do evento — que se reuniu em março deste ano — levou em conta as condições de saúde e os resultados alcançados no enfrentamento e controle da pandemia da Covid-19, que atualmente continua afetando muitas pessoas em outras regiões do mundo, mas também o que a Revolução Cubana significou como farol e guia para os povos que lutam», declarou o vice-chefe e coordenador do Departamento de Relações Internacionais do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC), Ángel Arzuaga Reyes, em uma entrevista publicada no site do PCC.
A reunião também defenderá a necessidade urgente de continuar fortalecendo a unidade e a solidariedade na luta de nossos povos por sua verdadeira e definitiva emancipação.
A realização do encontro em Cuba, com sua longa história de apoio aos povos fraternos e às causas justas, é uma grande motivação para que os participantes adotem posições comuns diante dos desafios transcendentais enfrentados pelos movimentos operários e comunistas em todo o mundo.
Cuba acolhe encontro internacional de partidos comunistas e operários
“Unidos somos mais fortes” é a premissa defendida pelos mais de 150 delegados participantes do XXII Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, que se realiza no Palácio de Convenções de Havana, entre 27 e 29 de outubro.
O encontro permitirá que sejam desenvolvidas reflexões sobre os enormes desafios que enfrentam as forças de esquerda perante a ofensiva imperialista, em seu afã de impor sua hegemonia em nível global e a imperiosa necessidade de continuar fortalecendo a unidade, la solidariedade e o congraçamento dos partidos comunistas e operários do mundo, para fazer avançar a luta de nossos povos por sua verdadeira e definitiva emancipação.
Será o cenário propício para propor e coordenar iniciativas e intercambiar ideias acerca da situação internacional, das problemáticas que enfrentam cada um dos partidos em seus espaços regionais e nacionais.
Cuba acolherá até o momento delegados de 65 países dos cinco continentes. Chegam a Havana cerca de 82 forças políticas e mais de 30 delegações encabeçadas por seus primeiros secretários.
O Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários (EIPCO), integrado atualmente por 117 organizações de todos os continentes, surgiu em um momento de grande incerteza para a esquerda comunista internacional, após a queda do campo socialista europeu e a desintegração da URSS.
É a organização de partidos comunistas mais ampla e antiga que existe e vem desenvolvendo um trabalho sistemático desde sua fundação em 1998 em Atenas, Grécia, sob o impulso do Partido Comunista Grego.
Desde a celebração do II EIPCO foi criado um Grupo de Trabalho que integra partidos de diferentes regiões geográficas, composto por 25 partidos, entre os quais tem atuado de forma permanente o Partido Comunista de Cuba, representando a região da América Latina e do Caribe.
O PCC participou de todos os Encontros realizados desde sua fundação, apresentando propostas que contribuíram para fomentar a unidade e a solidariedade internacional entre os partidos comunistas e operários, sem posições excludentes.
Cuba valoriza o EIPCO como um espaço útil e necessário para o intercâmbio e a cooperação entre os partidos comunistas do mundo, num momento caracterizado pela forte ofensiva do capitalismo neoliberal contra os direitos dos trabalhadores, por uma campanha anticomunista feroz, em particular nos países do Leste Europeu e de crescentes ameaças à paz e à estabilidade internacionais, mediante a aplicação de políticas unilaterais de desestabilização, sanções e guerras midiáticas e culturais.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)
(Tomado de Partido Comunista de Cuba)