Brasileiro, um endividado trilionário – e ‘caloteiro’



Segundo o BC, os bancos privados devem elevar o crédito entre 10% e 13% em 2012, e os estatais 24%. Mais crédito sem elevação de renda e uma fúria consumista, entretanto, geram uma inadimplência cada vez maior: mesmo com a queda dos juros em quase 10 pontos percentuais entre fevereiro e agosto, o número de endividados que não conseguem pagar suas contas continua em nível elevado: 7,9%.

Entre as operações de crédito, a que concentra a maior parte das dívidas é o financiamento imobiliário: R$ 250 bilhões em empréstimos até agosto. Já no cartão de crédito, que chega a cobrar mais de 200% de juros ao ano, as famílias deviam, até agosto, R$ 37,4 bilhões. No cheque especial (juros de 148% ao ano), a fatura é de R$ 21 bilhões. Outro dado assustador: estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) divulgado ontem informa que quase metade da população (41%) já teve o “nome sujo”.