Trabalhadores europeus unidos: greve geral em 23 países



A  CGTP-Intersindical, maior central sindical de Portugal, declarou que a greve é um protesto direto contra “a exploração e o empobrecimento” causados pelas políticas de austeridade. A entidade afirmou, ainda que os processos de “resgate financeiro” empreeendidos pelo Fundo Monetário Internacional e pela Comissão Europeia, por meio de empréstimos, em Euros, aos países endividados, criaram uma “colonização financeira” contra estes países.

A greve continental, mesmo que parcial, é um passo adiante na luta de classes, é a superação, na prática, das fronteiras nacionais no processo de enfrentamento ao capital, este já internacionalizado há muito. É um claro sinal de que os trabalhadores europeus estão chegando ao seu limite, endentendo que esta crise não é deles, que não há mais como tolerar as medidas de arrocho fiscal e salarial, que não há mais como suportar o desmonte de sistemas públicos de saúde, previdência, educação e outros, gerado pelos cortes  orçamentários.

O movimento discute as alternativas possíveis para o enfrentamento da questão, debatendo a proposta de “suavização” das condições de pagamento dos empréstimos, a perspectiva de saída da Zona do Euro, o controle das instituições financeiras pelo Estado. Como pano de fundo, começam a aparecer, claramente, os limites e as contradições, insuperáveis, da moeda única européia e das políticas liberais que a suportam, assim como os limites e as contradições, igualmente insuperáveis, do sistema capitalista.