Sobre o recorde da carga tributária



Alguns números que destacamos do IBPT:

– Nos últimos dez anos, a carga tributária cresceu 3,63 pontos percentuais;

– Em 2012, cada brasileiro pagou em média R$ 8.230,31, contra R$ 7.769,94 em 2011 – alta de quase 6%;

– A arrecadação para o INSS registrou maior evolução, de R$ 30,73 bilhões em relação a 2011. O ICMS vem em segundo lugar, com R$ 28,48 bilhões, seguido da COFINS, com R$ 16,39 bilhões; e

– O Imposto de Renda, com R$ 14,33 bilhões, aparece apenas em quarto lugar.

A grande imprensa e o empresariado “faz lenha” sobre o resultado global, induzindo a população a se colocar contra os impostos. O que eles “estranhamente esquecem”, e tais dados comprovam, é que a arrecadação taxa sobretudo a parcela mais pobre da população, através do consumo de bens; e que 50% dos recursos arrecadados vão direto para o bolso dos financistas através dos juros e amortizações da “dívida” pública.

Para que consigamos reduzir os impostos sem perdemos o pouco que resta dos serviços públicos, é preciso parar de pagar os serviços da dívida. Redução da carga tributária, sem essa finalidade, significa escolas, hospitais e demais serviços públicos ainda mais precarizados – enfim, piora na qualidade de vida da população.