Burguesia verde-amarela de olho na outra margem do Atlântico

Em 2012, dentre essas empresas que começaram a operar fora do Brasil o foram em apenas quatro países, e todos na África (Cabo Verde, Gana, Marrocos e Tunísia). A África foi também a região escolhida para a estreia no exterior para 6,5% das empresas entrevistadas. Entre as franquias, o percentual é maior (18,75%) e o mesmo auferido pelas empresas europeias.

As informações fazem parte do Ranking das Multinacionais Brasileiras, feito pela fundação desde 2006. Cerca de metade do empresariado tem clareza do papel de seus “parceiros” que ocupam o Palácio do Planalto: 45% dos empresários entrevistados afirmaram, na pesquisa, que a política externa adotada pelo governo há dez anos ajudou nos negócios.

Em 2012, entre as 63 empresas consultadas, a mais internacionalizada foi a JBS, seguida de Gerdau e Stefanini. A JBS, que recebeu rios de dinheiro público do BNDES, tem 58% das operações vinculadas ao mercado externo – grau mais elevado de transnacionalização observado pelo levantamento, desde 2006.