Venda de bens de luxo crescem no Brasil

Empresas tradicionais de moda como a inglesa Burberry  e a francesa Yves Saint Lauren vem abrindo mais lojas no Brasil. Quatro novos shopping centers de luxo foram inaugurados em São Paulo, Rio, Curitiba e Recife, desde o ano passado. O mesmo movimento é seguido nos segmentos de iates, moradias e automóveis de luxo, com destaques para os carrões importados com preços acima de R$ 150 mil, cujas vendas subiram em 30% no mesmo período (o Brasil é um dos cinco maiores mercados mundiais nesse segmento).  Ao mesmo tempo, cerca da metade dos lares brasileiros não tem acesso ao saneamento básico, há grave insuficiência e precaridade na Educação e na Saúde públicas e nas demais áreas sociais.

Este contraste é o resultado do desenvolvimento capitalista, agravado, no caso do Brasil, pelas características da acumulação de capital, centrada em oligopólios privados (em sua maioria compostos por empresas estrangeiras, na indústria), pelo agronegócio exportador, baseado em grandes propriedades, pela prevalência da produção de minérios para exportação e pela extrema ganância do setor financeiro, entre outras, que, desde os seus primórdios, gera uma brutal concentração da renda nas mãos de poucos e um enorme contingente de trabalhadores desempregados ou precarizados. Tudo isso, é claro, com todo o apoio do Estado.