Reforma trabalhista na França: novos ataques a direitos históricos
OLHAR COMUNISTA – 05/09/2017
O governo do presidente Emmanuel Macron, ao mesmo tempo em que propõe uma multa para demissões consideradas “injustas” e o aumento das indenizações pelas demissões em geral, anuncia sua intenção de flexibilizar as regras para contratação e demissão de funcionários pelas empresas, com a permissão para a “adaptação” da jornada de trabalho às condições do mercado. O governo vai negociar, ainda, mudanças no seguro desemprego e nas aposentadorias. É possível que as reformas sejam implantadas por decreto, sem votação no parlamento. A CGT, maior central sindical francesa, hegemonizada pelos comunistas, anunciou uma jornada de lutas para o dia 12 de setembro.
Por mais que queira mostrar-se como centrista, o novo governo francês mostra a sua verdadeira face quando se trata de confrontar os interesses do grande capital: pende para o lado das empresas e recorre a meios antidemocráticos para impor as novas regras aos trabalhadores, retirando direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora francesa, depois de séculos de lutas.