Carlos Drummond de Andrade
Heitor Cesar Oliveira*
“…Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra…”
(Nosso Tempo – Carlos Drummond de Andrade)
Em 31 de Outubro de 1902 nascia Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores nomes da poesia brasileira e mundial. Dono de uma vasta obra, Drummond retratava em sua poesia e em suas crônicas o dia a dia do povo brasileiro, assim como os sonhos, as lutas e dramas de um mundo injusto e desigual. Sua obra ao mesmo tempo que mostrava a dificuldade cotidiana de tentar viver e sonhar nesse mundo repleto de pressões, também trazia esperança, leveza e beleza. Drummond era um homem de partido, de tempo partido. Drummond foi um comunista, militou no PCB, escreveu sobre a classe trabalhadora, sobre as lutas e sobre a vida. Durante a segunda Guerra Mundial, enquanto as principais cidades da Europa haviam caído diante do Nazismo, Drummond exaltou Stalingrado, onde a esperança iluminava o mundo.
Sua obra ainda hoje ventila a realidade com poesia, e, ainda ajuda a perspectivar um mundo onde a poesia seja realidade.
Carlos Drummond de Andrade
(Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987)
*Membro do CC e Historiador.