Associação José Marti homenageia a camarada Zuleide Faria de Melo

imagemNathália Mozer*

No último dia 20 de outubro aconteceu o I Encontro Estadual de Brigadistas e de Solidariedade a Cuba da Associação José Marti, no Rio de Janeiro. Na ocasião, além das atividades de discussão e troca de experiências sobre as Brigadas de trabalho voluntário, foi homenageada a professora Zuleide Faria de Melo, que tem grande importância na construção da ACJM-RJ, destacado trabalho em prol da solidariedade à revolução cubana.

Zuleide tem uma militância em prol da solidariedade internacional desde a década de 1980, quando ocupou cargos no Instituto Cultural Brasil-União Soviética, no Conselho Brasileiro de Defesa da Paz, criado para combater o acirramento da Guerra Fria, e também na Associação Cultural José Marti, da qual participa até hoje como presidente de honra.

A tarde foi marcada por diversos depoimentos de amigos e ex-alunos da professora, que, dentre as diversas contribuições de Zuleide, destacaram o árduo trabalho em defesa da revolução Cubana, bem como a articulação da rede de entidades e pessoas que lutam contra o bloqueio que sofre a Ilha.

Estiveram presentes pelo PCB: Ivan Pinheiro, Hiran Roedel e Marta Barçante, que, além de render homenagens e agradecimentos, destacaram o importante papel que Zuleide cumpriu durante a ditadura militar para manter vivo o acervo do PCB e, após esse período, contra os liquidacionistas no início dos anos 1990.

Zuleide Faria de Melo é militante de toda uma vida pela causa socialista, no interior do Partido Comunista Brasileiro. Da  militância de base à condição de Secretária-Geral do PCB, Zuleide cumpriu grande jornada em vários campos da vida política e social, passando pela resistência à ditadura no Brasil, pelo apoio às lutas populares e operárias, pelo exercício transformador do magistério na UFRJ e pela convicta solidariedade internacional para com os povos em luta, em especial o reiterado apoio à Revolução Cubana.

Os comunistas de Pablo Neruda

Os comunistas.
Os que colocam a alma na pedra,
no ferro, na dura disciplina,
ali vivemos só por amor
e já se sabe que nos dessangramos
quando a estrela foi tergiversada
pela lua sombria do eclipse.
Agora vereis que somos e pensamos.
Agora vereis que somos e seremos.
Somos a prata pura da terra,
o verdadeiro mineral do homem,
a fortificação da esperança;
um minuto de sombra não nos cega:
com nenhuma agonia morreremos.

Membro da direção do PCB no Rio de Janeiro e do conselho diretor da Associação Cultural José Martí-RJ.

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