Argentina: Jornada Nacional de Lutas contra Macri, G20 e FMI
Resumen Latinoamericano
Uma nova seção informativa das lutas sindicais do povo argentino contra as medidas neoliberais do governo de Mauricio Macri. Com informação própria e do Mundo Gremial, Info Gremial, Noticias Gremiales, Gremiales del Sur, Corriente Sindical Federal.
Convidamos àqueles que quiserem se informar sobre demissões, greves, ocupações, mobilizações e conflitos sindicais e sociais variados, que nos enviem seus boletins e comunicados para resumenrebel@gmail.com
A CAMINHO DO G20
Uma crise econômica e social que querem tapar com tanques, drones e milhares de policiais
Inflação, perda de salário real, demissões e recessão. O nível da ação dos aparatos repressivos vai se elevando de forma diretamente proporcional à degradação da situação social. A economia que querem ocultar atrás dos tanques, bombas e perseguições no caminho para o G20.
Foto/Enfoque Rojo
A inflação e a dívida vão galopando em uma corrida desigual contra os salários e as condições de vida dos trabalhadores. Enquanto militarizam a Cidade de Buenos Aires e inventam terroristas na 9 de Julio, a economia se afunda em uma recessão acompanhada de sua pior combinação: a inflação.
O principal problema do fracasso econômico da “melhor equipe dos últimos 50 anos”, além da debacle da atividade econômica, é a pretensão de fazer aqueles que todos os dias deixam sua vida no trabalho pagarem o preço, enquanto um punhado de especuladores, grandes empresários, banqueiros e proprietários de terras resguardam seus negócios e fogem seu capital.
Salários
Não existe bônus de $ 5.000 que possa compensar a enorme perda de poder aquisitivo que vem atravessando o conjunto dos assalariados. Para compensar a perda com a inflação, La Izquierda Diario estimou – de acordo com dados oficiais – que no setor privado registrado o bônus deveria ser de, no mínimo, $ 23.559, enquanto que no setor público ascenderia a $ 25.000.
A perda de salário real para o fim do ano poderia ascender a 10 pontos no ano e seria de 20% desde o ano 2015. Uma queda em etapas que foi permitida e convalidada pelo conjunto do arco das cúpulas sindicais, convocando a medidas isoladas para conter o descontentamento e não para lutar por um verdadeiro freio ao ataque aos bolsos populares.
Inflação
Muito longe ficaram aquelas promessas de “metas de inflação” em torno de 15 a 17% de inflação anual. Ninguém acreditava nos objetivos inflacionários de Dujovne e Marcos Peña no final de 2017, unicamente apresentados para limitar os acordos paritários. Porém, os níveis alcançados este ano foram recorde. Para dezembro, o aumento médio de preços terminaria com uns 48% de inflação, a mais alta desde 1991.
O último dado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Indec do mês de outubro mostra uma taxa de 5,4% mensal e uma inflação acumulada de 39,5% no ano. Nenhum acordo paritário alcançará em dezembro a subida dos preços, enquanto algumas empresas verão compensados seus lucros em dólares. Tratam-se das distribuidoras de gás, a quem o governo acaba de garantir uma “compensação” pelos efeitos da desvalorização (que supera 100% anual).
Os tarifazos nos serviços públicos são um elemento que pressiona a elevação dos preços e que impactam preocupantemente nas rendas das famílias trabalhadoras. Uma política que só se propõe seguir garantindo os níveis de rentabilidade das empresas produtoras e distribuidoras de luz, água e gás. Os serviços não deveriam estar sob a órbita privada de lucro, mas geridos por seus próprios trabalhadores e usuários. Isto permitiria, por exemplo, garantir a efetiva realização de investimentos para melhorar os serviços, algo que está longe de ocorrer na atualidade.
Atividade econômica
O último dado sobre o nível de atividade correspondente a agosto já acumulava uma queda de quase 1% no ano. Em dito mês, a economia retraiu 1,6 % com relação ao mesmo mês no ano anterior.
A forte desaceleração da economia gerou uma brusca contração do setor de 11% interanual no mês de setembro, de acordo com o Estimador Mensal Industrial (EMI), que elabora o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
A construção também registrou uma baixa em setembro de 4,2 % com relação ao mesmo mês no ano anterior, a pior queda em mais de um ano e meio.
Também se derrubou o crédito e os níveis de consumo. É que as altas taxas de juros, superiores a 60% por imposição do Banco Central, conduzido agora por Guido Sandleris, atuam como um verdadeiro “torniquete” ao crédito e à atividade.
A dívida do Central em Letras Líquidas (Leliq), a curto prazo e a altas taxas de juros – apesar de sua tímida redução a partir de um teto histórico –, está se expandindo como praga e, cedo ou tarde, poderia derivar em uma nova explosão cambial que ponha em risco o equilíbrio enganoso alcançado no dólar.
Este aumento das taxas, o virtual desaparecimento das cotas e do crédito, junto com a inflação, estão erodindo o consumo dos trabalhadores e freando por sua vez a demanda.
Desemprego
Por seu lado, o desemprego no segundo trimestre do ano passou de 8,7% a 9,6%. Isto representa em torno de 250 mil pessoas desempregadas com relação ao segundo trimestre de 2017.
Em grande medida, o fim da atividade está se traduzindo em um crescente nível de demissões, juntamente com uma baixa geração de empregos. De acordo com o Centro CEPA, entre setembro e outubro deste ano as demissões e suspensões aumentaram quase sete vezes em termos interanuais.
A Pesquisa de Indicadores Laborais (EIL, sigla em espanhol) elaborada por Trabajo mostra em setembro uma retração do emprego privado em torno de 1% interanual e chega a 2,3% quando anualizam os dados.
A queda é observada em todos os ramos, porém é mais aguda na construção, na indústria e no transporte. Por tipo de empresas, a baixa é notória nas companhias pequenas, de entre 10 a 49 empregados.
A pesquisa indaga o mundo do trabalho privado formal. Entre os precarizados e não registrados (em “negro”) certamente a situação tem uma gravidade maior.
Fuga de capitais
Outra sangria de recursos é a fuga de capitais. No acumulado em setembro, a fuga alcançou U$S 24.795 milhões. Trata-se de um novo recorde. Também nos governos kirchenristas a fuga alcançou níveis inusitados, com uma saída acumulada de U$S 100.000 milhões em 12 anos de governo.
O setor financeiro é um dos ganhadores do modelo macrista, com a mega desvalorização e, agora, com o negócio da nova bicicleta financeira e as elevadas taxas de lucros. Em agosto, segundo dados do BCRA, os lucros dos bancos subiram 263,72% interanual, a $ 26.143 milhões.
Dívida
Enquanto cresce sem parar o pagamento de juros da dívida, a mesma dívida não para de subir. Espera-se que a proporção entre dívida pública e PIB supere no fim do ano 81%.
A dívida passou a ser de U$S 241 bilhões em fins de 2015 a U$S 327 bilhões no segundo trimestre deste ano.
Para o próximo ano, os gastos de juros da dívida pública aumentam 49% em termos reais. Entre 15% e 20% do que gasta o Estado irá para as mãos dos credores. Simultaneamente, a grande maioria das partidas do Orçamento de 2019 com vistas a atender necessidades sociais caem em termos reais e em alguns casos, inclusive, em termos nominais.
Os números e dados deixam em evidência uma crise econômica e social profunda, que se quer tapar com imagens de tanques, drones e detenção de supostos “terroristas”. Uma crise que é resultado de um ajuste que precisa continuar sendo enfrentado e se pode derrotar com a mais ampla mobilização.
Os docentes voltarão a parar na terça-feira e na quarta-feira realizarão um banderazo “pela soberania educacional”
Os docentes bonaerenses convocaram para uma paralisação na próxima terça-feira, e uma “jornada de protesto” para quarta-feira, em reivindicação de “salários dignos”. Além disso, advertem que Vidal continua desfinanciando a educação pública.
Segundo informou a Frente de Unidad Docente Bonaerense – que integram os sindicatos do setor – “ante a falta de respostas da governadora María Eugenia Vidal ante o conflito salarial e educativo, resolvemos dar continuidade ao Plano de Luta Provincial, em 20/11 com a paralisação e ato central e em 21/11 com uma Jornada de Protesto na qual ocorrerão ações distritais com ‘banderazo’ pela soberania educacional”.
Em um comunicado, a FUDB exigiu “a continuidade das paritárias com uma agenda real de resoluções, que inclua tanto o salário docente, as graves problemáticas relativas aos edifícios, os refeitórios escolares, a situação das Equipes de Orientação Escolar, da Educação Técnica e Agrária, dos Centros de Formação Profissional, da educação superior, entre outros”.
Para os professores, a paritária “deve ser uma instância de negociação, debate, construção de consensos e não de imposições unilaterais. É o espaço principal dos trabalhadores para resolver a agenda de educação pública de qualidade”.
Os sindicatos docentes repudiaram a oferta salarial de 30% para todo o ano que foi formulada pela Província (que somado ao material didático, chegaria a 31,7%).
Além disso, a FUDB repudiou “as atitudes assumidas por funcionários provinciais de perseguição sindical e hostilidade laboral a docentes, delegados e equipes diretoras”.
Nesse sentido, advertiu que “ante a falta de capacidade de resolução do conflito, o Governo apela para falácias, tergiversando as causas originárias buscando desprestigiar os docentes e organizações sindicais”.
Também repudiou “categoricamente o aprofundamento do ajuste contido no Projeto do Orçamento Provincial 2019, com redução de orçamentos destinados à Educação e a tentativa de impor um teto salarial e uma negociação à baixa”.
“O Orçamento não faz mais que deixar estampada a continuidade de uma política adotada pela gestão de Vidal de desfinanciar a educação pública”, alertou a Frente Docente.
Metalur despediu todo seu pessoal e outra vez o pacto antidemissões não funcionou
Sem avisar como previsto no acordo entre o Governo e a CGT, a firma Metalur despediu todo seu pessoal. A empresa localizada no parque industrial de Quilmes quer pagar só 50% das indenizações.
Trabalhadores da empresa Metalur S/A começaram, na quinta-feira, uma tomada pacífica da fábrica localizada no Parque Industrial para reclamar a totalidade da indenização por demissão.
Trata-se de uma vintena de empregados que ficaram na rua “horas antes de estrear o bônus do Governo, as empresas não podiam demitir sem avisar com dez dias de antecedência ao Ministério”, detalharam da UOM ao portal local La Voz no momento em que acompanhavam os trabalhadores.
Assim, indicaram que “esta empresa queria pagar as indenizações no marco do artigo 247 da LCT, que é de 50%, alegava falta de trabalho quando o que existe na mesma é uma manobra de esvaziamento”.
Por outro lado, assinalaram que não se retirarão da fábrica até receber a totalidade de sua indenização disposta pelo artigo 245 da Lei de Contrato de Trabalho, que é em caso de demissão 100% do salário.
Pela tarde, da UOM asseguraram que “se avançou nas negociações de alguns companheiros”, porém que ainda restam uns treze trabalhadores tomando a fábrica e que esperam que nos próximos dias seja possível avançar para que a totalidade dos demitidos recebam 100% de sua indenização.
Não fechamento do Buenos Aires Design leva alívio a seus empregados
O Governo portenho decidiu prorrogar ao menos até 5 de dezembro próximo o contrato para evitar o fechamento do shopping Buenos Aires Design e, desse modo, dar continuidade laboral a uns 700 empregados.
A partir de 6 de dezembro se farão cargo do prédio da Câmara de Empresários Madeireiros e Afins (CEMA) e da Associação de Hotéis, Restaurantes, Confeitarias e Cafés.
Sem esta extensão no convênio contratual, o centro de compras localizados no bairro de Recoleta devia fechar suas portas neste domingo e o mesmo ocorreria com as 40 lojas que contém.
Quem participou das negociações foi o vice-chefe de Governo, Diego Santilli, que ratificou que o objetivo é “preservar as fontes de trabalho durante o maior tempo possível até que chegue uma nova concessão”.
“Queremos conseguir uma transição que não prejudique os trabalhadores”, disse o funcionário.
Nesta terça-feira, os trabalhadores do shopping realizaram um protesto em frente ao edifício entre a Pueyrredón e avenida Libertador para reclamar a continuidade laboral.
Embora ainda não esteja definido o destino do prédio, a Legislatura aprovou um projeto para instalar um centro gastronômico e cultural.
Para Santilli, o shopping está em um “lugar nevrálgico da Cidade”.
“A ninguém convém tê-lo fechado e, por isso, tentamos encontrar uma solução’, disse Santilli.
“Estou convencido de que este Governo não pode continuar em 2019”
Hugo Moyano voltou a questionar o governo de Mauricio Macri e disparou: “É um Governo que só responde, e servilmente, ao FMI. Não interessa o que as pessoas passam”.
A tensão entre Huho Moyano e o governo de Mauricio Macri não dá trégua e, longe de mitigar-se com o passar do tempo, soma novos capítulos. O sindicalista opinou nas últimas horas sobre a denúncia do juiz Luis Carzoglio, o mesmo que repudiou o pedido de prisão contra Pablo Moyano e denunciou que dois funcionários da Agência Federal de Inteligência (AFI) foram vê-lo em seu escritório.
“Há tempos que isso vem acontecendo e começou quando uns dos homens fundamentais para parar a reforma laboral que o Governo queria implementar em dezembro… Um dos que se opôs foi Pablo. Graças a Deus um homem teve a dignidade, fortaleza e coragem e disse que ‘isso não era Justiça’ (referindo-se a Carzoglio)”, assinalou Hugo Moyano, durante uma entrevista com Gustavo Sylvestre.
Considerou que a partir do Governo acreditam que “vão parar com a atitude de não resignar os direitos dos trabalhadores”. “Pablo foi muito claro em todas as oportunidades que teve, ainda que ele esteja preso vai continuar lutando. Em 89 plantaram droga em minhas coisas e eu era deputado da província de Buenos Aires. Eu venho da Igreja Evangélica, jamais me passou isso pela cabeça, porém não vão me dobrar”, lançou.
Ao ser consultado pelo bônus de 5 mil pesos que acordou a central operária, com empresários e o Governo, respondeu: “É como tudo o que o Governo promete, não cumpre ou em uma porcentagem mínima, não só para os trabalhadores, mas para o próprio Governo é vergonhoso. Tiram essas ideias e depois arranja-se como puder. É um Governo que só responde, e servilmente, ao FMI. Não interessa o que as pessoas passam”, questionou.
Nesse sentido, disse que o macrismo “está entregando o país e, creio que Deus não permitirá que continue um Governo como este”. “Eu iniciei a tarefa, vejo vontade e estou convencido que este Governo não pode continuar em 2019. Querem entregar o patrimônio dos argentinos, isto não pode acontecer. Existe tensão nas pessoas, muita bronca, é como uma tortura o que fazem com a gente”, concluiu.
27/11: Jornada Nacional de Luta em repúdio ao insuficiente aumento salarial
Neste meio-dia, a ATE se mobilizou na porta da Secretaria de Trabalho e repudiou o acordo por resultar insuficiente.
Neste meio-dia, no marco da negociação paritária nacional, a ATE anunciou uma jornada nacional de luta para 27 de novembro. A medida é um repúdio à assinatura do acordo salarial composto por um aumento de 10% em duas parcelas e o pagamento de uma soma fixa não remunerativa de cinco mil pesos a ser efetuado em dezembro.
“Em 27 de novembro ocorrerá uma jornada nacional de luta, com assembleias, rádios abertas e concentrações em cada organismo do Estado Nacional e em todas as províncias de nosso país. Com a ATE não se sacaneia e vamos lutar para defender os direitos de nossos companheiros e companheiras”, manifestou Hugo “Cachorro” Godoy, Secretário Geral da ATE, em frente ao edifício da Alem 650.
Do sindicato ratificaram, assim, que a paritária resulta insuficiente frente à perda salarial dos trabalhadores do Estado Nacional, que acumulam uma perda do poder aquisitivo próximo de 26,3% desde 2015, como resultado de uma inflação acumulada de 157% que esteve acima da atualização salarial de 89,5%.
Por outro lado, da parte do sindicato celebraram a implementação da Licença por Violência de Gênero e a extensão de 15 dias nas Licenças por Paternidade ou acompanhantes não gestantes. “É o triunfo da luta que viemos travando há anos”, ressaltou Silvia León, Secretária de Organização da ATE Nacional.
Com relação à Licença por Violência destacou: “Orgulhosamente, podemos dizer que nasceu fruto do trabalho da ATE contra a violência de gênero, encabeçado por nossa companheira Gladys Sosa na CIOT (Comissão de Igualdade de Oportunidade e de Tratamento). Já se tinha conseguido em diferentes províncias e jurisdições, e hoje celebramos que se incorpore nesta paritária”.
De sua parte, Pablo Spataro, paritário nacional, ao sair da negociação, ratificou o repúdio ao acordo: “Continuam fazendo propostas que não alcançam a nós, trabalhadores, em uma paritária que foi anunciada pelos meios e hoje se quis armar uma imitação de negociação quando estava tudo resolvido. Por isso, a repudiamos”.
“O desafio”, acrescentou, “é transformar esse repúdio em mais organização, mais compromisso, mais luta. Por isso, no dia 21 estaremos acompanhando a grande marcha dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde e no dia 27, como se anunciou, vamos protagonizar uma jornada para que se reabra esta paritária, para ter salários dignos e não permitir nenhuma demissão a mais”.
Participaram da negociação: Silvia León, Secretária de Organização da ATE Nacional; Flavio Vergara e Pablo Spataro, delegados paritários nacionais; Oscar de Isasi, Secretário Geral da ATE Província de Buenos Aires e Mariana Amartino, da equipe jurídica do sindicato.
Trabalhadores do Convênio 214/06
Cabe destacar que, a partir do apresentado pela ATE, se conseguiu estender, a partir de 1° de janeiro de 2019, o aumento outorgado na ata do acordo de 29 de maio de 2018, às retribuições mensais, normais, habituais, regulares e permanentes aprovadas, vigentes em 30 de junho deste ano para o pessoal permanente e não permanente compreendido no âmbito do Convênio Coletivo Geral para a Administração Pública Nacional homologado pelo Decreto 214/06.
Tal como nas anteriores mesas de diálogo, “esta parte apresenta a necessidade de aplicar o aumento de 15% na totalidade do coletivo laboral tanto para recuperar o valor das UR como para evitar o achatamento das escalas salariais vigentes”, expressou a ATE.
Confluência Fora G-20 e FMI
Organizados contra o G-20
“Não vamos permitir rostos tampados, nem mochilas com pedras”, disse Patricia Bullrich, a Ministra de Segurança da Nação ao justificar que 25 mil efetivos da polícia serão destinados nesses dias para velar pela segurança da cúpula quando Buenos Aires se converter em uma cidade vigiada e militarizada. Será a primeira vez que a Argentina receberá os principais líderes do G-20 e presidirá o grupo das economias mais poderosas do mundo.
Já se confirmou a visita de Donald Trump, Vladimir Putin e a de Angela Merkel, além da participação de umas 8.000 pessoas, entre líderes, suas delegações, os xerpas, as autoridades ministeriais, o pessoal de segurança das comitivas e a imprensa.
O Grupo dos 20, constituído em fins dos anos 90, está composto pela União Europeia e 19 países: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, África do Sul e Turquia. A partir da crise financeira de 2008, adquiriu um papel preponderante como fórum internacional, com o principal objetivo de acordar políticas de regulação e estabilização do sistema financeiro internacional. Desde seu nascimento, recebe assessoria do FMI, do Banco Mundial e da OCDE.
Os países que integram o G-20 representam um total de 2.631 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, 85% do produto bruto global, 66% da população mundial, 75% do comércio internacional e 80% dos investimentos mundiais.
As políticas delineadas pelo G-20 tentam desintegrar os convênios coletivos de trabalho, aumentar a jornada laboral e a flexibilização laboral e promovem a hostilidade contra o sindicalismo.
Vigiar e punir
O operativo de segurança para esses dias inclui, também, centenas de guardas que chegarão com cada uma das delegações estrangeiras, enquanto o aeroparque metropolitano Jorge Newbery estará fechado durante três dias aos voos comerciais. A Autopista Illia, Cantilo e Lugones permanecerão fechadas ao trânsito de quinta-feira, dia 29, até domingo, 02 de dezembro, assim como o porto de Buenos Aires, que fechará suas operações: durante esses dias não existirá liberdade marítima para circular e essas áreas serão controladas pela prefeitura naval.
Tampouco existirá atividade ferroviária nas estações cabeceiras de Retiro e se decretou folga administrativa na cidade de Buenos Aires em todas as dependências estatais. Toda a zona próxima da Costa Salguero, que concentra um perímetro de 12 quilômetros, estará fechada ao público e será custoridada pela Prefeitura, Gendarmeria, Polícia Federal, PSA, Forças Antidistúrbio, mergulhadores e unidade de superfície. Para além disso, também existirão fortes operativos na zona de Puerto Madero, Retiro e Recoleta.
Foi em fevereiro deste ano quando o Governo anunciou um gasto de 100 bilhões de pesos na compra de armas, equipamentos antidistúrbios e projéteis que serão destinados à segurança da Cúpula. Comprou-se 180 escopetas, 15 milhões de balas de borracha, 2.000 projéteis gás lacrimogêneo e coletes policiais. A maior parte dos materiais foram adquiridos pelo Ministério de Segurança, que solicitou, também, 6.000 cercas de contenção, 15 milhões de balas de borracha, 9.100 coletes multi-ameaça, 2 milhões de cartuchos de bala 9 mm, 3.150 jogos de capacetes, escudos, máscaras antigas e bastões para policiais e gendarmes, assim como 4.900 lacres plásticos de segurança que são utilizados como algemas para detidos.
Organização popular: Confluência Fora G-20 e FMI
O G-20 se reúne na Argentina no marco de uma forte crise econômica mundial, que se expressa em políticas de demissões massivas, corte orçamentário, crescimento do endividamento e disparada do dólar.
Neste contexto, representantes de organizações sindicais, sociais e políticas se reuniram na Faculdade de Ciências Sociais da UBA, em agosto passado, para organizar a resistência à Cúpula do G-20. Foram mais de 200 representantes de organizações do país e da região: a CTA Autónoma, ATTAC Argentina, Jubileo Sur, ATE, Frente Darío Santillán, Movimiento Evita, CTEP, Libres del Sur, PSTU, Movimiento Campesino de Misiones, Frente de Organizaciones en Lucha (FOL), Red Amigos de la Tierra, Asamblea Argentina Mejor Sin TLC, Multisectorial Anti-Extractivista, Sociedad de Economía Crítica e CLATE, entre outros.
Foi nessa primeira reunião quando se acordou trabalhar em um espaço de unidade sob o nome de Confluencia Fuera G-20 y FMI [Confluência Fora G-20 e FMI] e realizar um chamamento aos povos e movimentos sociais do mundo a mobilizarem-se durante novembro e dezembro em todos os países, assim como estarem presentes em Buenos Aires contra o G-20 e sua agenda de dominação. O Espaço Confluência Fora G-20 e FMI está entre as organizações mais vigiadas pelo Governo de Cambiemos e as Forças de Segurança.
* Jornalista, docente universitária e diretora da Secretaria de Comunicação da CTA Autónoma
Cidade de Buenos Aires
A CTA Autônoma se mobilizou em repúdio ao assassinato do comunero mapuche Camilo Catrillanca
Na quarta-feira passada, durante uma operação do Comando Jungla de Carabineiros do Chile no Lof Temucuicui, na comunda de Ercilla – província de Malleco, região da Araucanía –, foi assassinado o jovem mapuche Camilo Catrillanca com um disparo na cabeça. Durante a repressão desatada, foram feridos e detidos vários integrantes do Lof, em sua maioria menores de idade.
Neste sentido, a secretaria de Relações com os Povos Originários da CTA Autónoma da Província de Buenos Aires, Kim Wanglen Ibe Lefio, denunciou: “Wallmapu novamente se tinge de sangue. Dói-nos o assassinato de Camilo Catrillanca e a brutal repressão contra nosso povo indefeso. Dói-nos ver como se instalou em nosso território a mão assassina do estado chileno e seu comando de extermínio”. Assim, instou que sejam realizadas ações e mostras de apoio ao povo mapuche no âmbito nacional e internacional e apostou na unidade dos povos de ambos lados da cordilheira para “defender a água, a terra e a vida”. “Não vamos permitir que continuem nos assassinando”, afirmou.
Ante os fatos ocorridos, a CTA Autónoma participou de uma ação frente ao Consulado do Chile, onde diferentes representantes de organizações expressaram sua condenação à repressão estatal tanto chilena como argentina e o apoio às comunidades mapuches. Uma delegação integrada por Míriam Liempe (CTA Autónoma Nacional), Kim Wanglen Ibe Lefio (CTA Autónoma da Província de Buenos Aires), Moira Millán e Marta Berreta (Movimiento de Mujeres Indígenas por el Buen Vivir) e Claudia Korol (Pañuelos en Rebeldía / Mujeres del Abya Yala), apresentou uma declaração em comum ante o Cônsul Alejandro Bravo.
“Nós não nos sentimos chilenos nem argentinos. Somos nação mapuche e a cordilheira não é uma divisão, mas um ponto de encontro”, disse Míriam Liempe, Secretária de Relações com os Povos Originários da CTA Autónoma, referência mapuche e integrante da Coordenação Executiva do Parlamento Plurinacional. “Os Estados chileno e argentino devem reconhecer a dívida histórica que possuem com o povo-nação mapuche, devem reconhecer o genocídio que levam adiante. Não se aguentam que, todavia, estejamos vivos e resistindo”. Ao finalizar, chamou os presentes a continuar em alerta e sentenciou: “Esta manifestação não será a primeira que realizaremos aqui e o povo-nação mapuche não está só. Contamos com o apoio dos trabalhadores do Estado argentino, com aqueles irmãos e irmãs que têm consciência dos direitos dos povos preexistentes e que se organizam contra os governos desses estados em defesa da terra e da vida”.
Enquanto se entregava o escrito que contou com inúmeras adesões, no Chile as forças repressivas atacavam selvagemente o cortejo fúnebre que transferia o jovem Camilo Catrillanca, pai de um menino de 6 anos e de um bebê que está para nascer.
Pela tarde, as companheiras participaram da história ronda das Madres de Plaza de Mayo Linea Fundadora, onde Nora Cortiñas expressou, somo sempre, seu apoio à luta do povo mapuche.
Com a assinatura de Adolfo “Fito” Aguirre (Secretário de Relações Internacionais da CTA Autónoma) e Míriam Liempe (Secretária de Relações com os Povos Originários de la CTA Autónoma), foi apresentada uma nota ante o Embaixador chileno na Argentina, condenando a selvagem repressão na região da Araucanía, a qual compartilhamos a seguir.
“Em nome da Central de Trabajadores de la Argentina (CTA-Autónoma), filiados à Confederación Sindical de Trabajadores de las Américas (CSA) e à Confederación Sindical Internacional (CSI), nos dirigimos ao Senhor para expressar nossa condenação ao assassinato do comunero mapuche Camilo Catrillanca e exigir o fim das políticas impulsionadas pelo governo do Chile contra as comunidades originárias.
“Na quarta-feira passada, 14 de novembro, durante uma operação do Comando Jungla dos Carabineiros do Chile no Lof Temucuicui, na comuna de Ercilla – província de Malleco, região da Araucanía –, foi assassinado o jovem mapuche Camilo Catrillanca com um disparo na cabeça. Durante a repressão desatada, foram feridos e detidos vários integrantes do Lof, em sua maioria menores de idade.
“Diante desta situação, exigimos julgamento e castigos aos responsáveis políticos e materiais da repressão, principalmente os funcionários do Ministério do Interior, o Intendente da Araucanía e o Diretor dos Carabineiros.
“Do mesmo modo, denunciamos a violação permanente do Estado chileno com relação ao Convênio 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – em vigência desde o ano de 2009 –, no qual se fundamenta a responsabilidade dos governos de proteger os direitos dos povos indígenas e tribais, respeitando suas culturas e formas de vida e reconhecendo seus direitos sobre as terras e os recursos naturais, assim como o direito de decidir suas próprias prioridades no que diz respeito ao processo de desenvolvimento. Apesar da ratificação deste convênio, a repressão e a violência contra as comunidades foi a única resposta às demandas do mapuche. A criação do ‘Comando Jungla’ em junho deste ano – uma força especial de Carabineiros treinada nos Estados Unidos e na Colômbia –, aprofunda este caminho repressivo.
“O assassinato de Camilo Catrillanca não é um caso isolado. Tampouco a violência e a repressão estatal contra as comunidades mapuche e os militantes sociais. Há pouco mais de um mês, o dirigente sindical Alejandro Castro foi encontrado sem vida após protagonizar importantes mobilizações junto aos povoados de Quintero e Puchuncaví, em defesa da soberania alimentar e da preservação do meio ambiente. Em contexto similar de defesa dos bens comuns e dos territórios ancestrais, foi assassinada Macarena Valdés, quando lutava contra a instalação de uma hidroelétrica que afetava a comunidade Newen-Tranguil.
“Da CTA Autônoma, condenamos a ação do Governo chileno, reclamamos justiça para os integrantes do Lof Temucuicui e exigimos respeito para os irmãos e irmãs que defendem o território e a vida frente à depredação capitalista, de um lado e do outro da cordilheira.
“Justiça para Santiago Maldonado, Rafael Nahuel, Macarena Valdés, Alejandro Castro e Camilo Catrillanca.
Fonte original: Prensa CTA-A Internacionales. Prensa CTA-A Buenos Aires.
A UIA reconhece que já existem massivas perdas de emprego
A atividade fabril sofreu a baixa de mais de 4.000 empregos no mês de agosto, segundo mostra um levantamento da Unión Industrial. E, todavia, o pior ainda está por vir.
A atividade produtiva industrial registrou em setembro uma queda de 7,7% em comparação com igual período de 2017 e a perda de empregos no setor se acelerou em agosto, com uma queda de 4.162 empregos com relação à julho, segundo um informe da Unión Industrial Argentina (UIA).
Além disso, a central fabril informou que os dados preliminares da produção industrial de outubro mostram uma desaceleração a respeito de seus volumes prévios: os despachos de cimento se contraíram 8,9%, enquanto outros materiais da construção 17,3%.
Quanto ao emprego industrial registrado, em agosto (último dado disponível) se observou uma contração mensal de 0.36% (uma perda de 4.162 empregos), sendo o nono mês consecutivo com tendência negativa.
Com relação a agosto de 2017, 32.622 assalariados menos, uma baixa de 2,74%, se observa uma aceleração na perda do emprego, já que no primeiro trimestre, a queda foi de 1,2%, no segundo de 1,8% e nos últimos dois meses a perda foi de 2,6%.
A respeito de agosto anterior, a atividade manufatureira experimentou um retrocesso de 3,8%, indicou a entidade fabril no comunicado.
“A baixa de setembro foi generalizada para todos os ramos industriais com exceção de metais básicos e de papel, que não apresentou variações: dez dos doze itens analisados apresentaram quedas”, explicou a UIA.
Ainda que a queda de 7,7% publicada pela UIA seja de grande magnitude, mais importantes são as reveladas pelo INDEC sobre a atividade industrial. De fato, o organismo estatístico oficial afirma que a indústria derrubou uns 12% em setembro, na qual foi seu pior retrocesso nos últimos 16 anos.
A menor demanda de produtos está gerando uma subutilização das fábricas, o que em muitos casos também impacta em demissões e suspensões.
Em concreto, a utilização da capacidade instalada na indústria alcançou em setembro uma média de 61,1% e retrocedeu 7,8 pontos percentuais com relação ao nível que tinha no mesmo mês de 2017, segundo informou nesta terça-feira o INDEC. Em outras palavras, 39% da capacidade produtiva argentina se encontra ociosa.
De acordo com os números, a produção de borracha e plástico, a edição e impressão, a indústria têxtil, a metalurgia e a automotiva, estão funcionando abaixo da metade de sua capacidade produtiva.
Após uma reunião para reclamar melhores condições de emprego, Rappi demitiu referências do sindicato de aplicativos
Imediatamente depois que o novo sindicato de aplicativos manteve uma reunião com a empresa, Rappi demitiu membros da comissão diretora. Entre os “bloqueados” está Roger Rojas, seu secretário geral.
Na sexta-feira pela manhã, os trabalhadores de plataformas se mobilizaram nos escritórios da empresa Rappi. Foram acompanhados no protesto por centenas de trabalhadores da economia popular nucleados na Confederación de Trabajadores de la Economía Popular (CTEP), para exigir que as autoridades de Rappi os recebam e façam eco de suas reclamações sobre as condições de trabalho.
Os despachantes reivindicaram que a empresa reconheça a relação laboral e exigiram que se estabeleça instâncias para acordar uma renda fixa e a cobertura de riscos de trabalho por acidentes.
“Aqueles que deviam dar respostas sobre o que atravessam os trabalhadores se negaram a recebê-los, deixando empregados administrativos sem poder de decisão a cargo da reunião”, assinalaram da Asociación de Personal de Plataformas (APP) através de um comunicado à imprensa.
Enquanto os despachantes encontravam-se concentrados nas imediações da rua Castillo, a reunião que se realizou a portas fechadas dentro da empresa foi custodiada por seis efetivos da Polícia da Cidade. Estes não só foram partícipes como também tiraram fotos e filmaram a reunião que o secretário geral Roger Rojas, junto do assessor legal do sindicato APP, Juan Manuel Ottaviano, mantiveram com os administrativos do Rappi. Da parte patronal, integraram a reunião o responsável pela segurança e a encarregada da comunicação institucional da empresa.
Ante a desculpa de não poder tomar decisões e a intransigência dos diretores, Rojas e seu assessor se retiraram da sede. Também acompanhou a reunião o titular da CTEP da capital, Rafael Klejzer.
Horas mais tarde, três membros da Comissão Diretora provisória da APP foram “bloqueados”, incluindo Roger Rojas, que tinha participado da reunião. O bloqueio é sinônimo de demissão no jargão do aplicativo porque o trabalhador da chance de poder continuar cumprindo funções.
“Habitualmente, a empresa exerce faculdades de controle e sanção sobre os despachantes mediante a desativação ou o bloqueio da aplicação. É evidente que os três integrantes da Comissão Diretora foram demitidos (bloqueados) como consequência direta da legítima proposta, atentando contra a liberdade com a qual contam as organizações sindicais para exercer seu direito de organizar-se e peticionar”, explicaram pela APP.
O sindicato confirmou que já iniciou gestões para solicitar judicialmente a reincorporação imediata dos trabalhadores sindicalizados demitidos em violação dos princípios da liberdade sindical que regem na Argentina.
“Vão usar toda a violência contra a organização dos despachantes, porém nós não seguiremos calados em nossa casa. Não temos nada a perder. Querem cortar rapidamente a primeira organização de plataformas, porém nós contamos com a solidariedade de muitos, aqui e em todos os lugares”, manifestou Roger Rojas.
“Desconhecem toda lei trabalhista. Como não vão violar a liberdade sindical? Permitir a organização dos trabalhadores de plataforma é um compromisso das potências do mundo”, concluiu.
Denunciam demissões “por revanchismo” no Engenho Ledesma
Trata-se de quatro demissões sem justa causa. O sindicato denuncia que é por “revanchismo” após o grande conflito do ano passado.
As últimas quatro demissões que ocorreram no Engenho Ledesma foram interpretadas pelo sindicato à luz das 30 demissões que decidiu a empresa no ano passado ao finalizar uma greve que durou 24 dias.
“Temos conhecimento de quatro companheiros que foram demitidos sem justa causa, e isto nos lembra o revanchismo que tomou a empresa no ano passado com 30 companheiros que também foram demitidos sem justa causa depois da greve de 24 dias, uma dura luta que tivemos”, afirmou à rádio local 91.5 Rafael Vargas, titular do Sindicato de Obreros y Empleados Azucareros del Ingenio Ledesma (Soeail), e acrescentou: “No contexto em que estamos, ninguém espera que as demissões sejam por outra situação, não sem justa causa”.
Após a prolongada e esforçada briga de força a que se refere Vargas, os trabalhadores do engenho chegaram a um acordo salarial com a empresa, e finalmente o Ministério do Trabalho autorizou a outorga de uma suma não remunerativa – ou seja, em negro –, que não impactou no salário básico.
“Nós sempre estivemos acima dos soldos que acordava a Fotia em Tucumán, então tentamos não ficar abaixo. Porém, o ministério aprovou os números que apresentou a Ledesma e também a Tabacal”, relatou Vargas.
Este ano, a negociação também foi árdua. Conseguiu-se acordar até março ou abril 23.800 pesos de básico, o que significa um aumento do 32%; e um aumento de 19% da faixa final. Em maio se reiniciarão as negociações. “Conseguimos que em maio possamos começar com 23.803, e um básico que antes era de 20 mil e vai passar a ser de 22.040. Os 2 mil pesos que aumentamos ao básico é muito importante, porque envolve horas extras, os itens associados diárias e subsídios por tarefas em particular”, detalhou o sindicalista, e completou: Não nos foi tão mal, poderia ter sido pior”.
Fonte: http://www.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)