Carta aberta ao movimento sindical e popular
Lançado em 19 de fevereiro em São Paulo, o Fórum que reúne entidades, movimentos e organizações políticas da cidade e do campo visando combater os retrocessos em curso e lutar pelos direitos sociais, respeitosamente encaminha esta carta às entidades de luta por direitos no intuito de fortalecer as agendas de mobilização convocadas por diferentes organizações representativas da classe trabalhadora.
A avaliação geral da conjuntura tem apontado um aprofundamento dos ataques aos direitos que estão destruindo as condições de vida e trabalho no país. As perdas remuneratórias decorrentes da política fiscal, o desemprego que atinge 13 milhões de brasileiros, a situação dramática de pobreza e miséria de parte significativa da população, a precarização das relações de trabalho decorrentes da Reforma Trabalhista e da Terceirização, somados ao desmonte do serviço público em razão da EC 95/2016 e do avanço das privatizações, são exemplos do quadro em que se encontra a imensa maioria da população do país.
Neste momento, combater a Reforma da Previdência, na verdade a sua destruição, feita pelo governo Bolsonaro, é a tarefa imediata posta para o conjunto da classe trabalhadora, em especial, as entidades sindicais, populares e de juventudes, que protagonizam as lutas em defesa dos direitos. Para esta tarefa, entendemos ser fundamental elevar o patamar de enfrentamento ao Governo Bolsonaro para derrotar a reforma da previdência. Torna-se fundamental, portanto, a preparação e convocação da greve geral para demonstrar que a classe trabalhadora não irá aceitar mais este ataque sem reagir.
Neste sentido, o Fórum incorpora as agendas já convocadas por entidades da educação, como a jornada de lutas contra a reforma da previdência com previsão de paralisação e mobilização no dia 24 de abril (alguns estados farão em datas próximas), bem como a participação nos atos unificados convocados para o 1º de maio em todas as cidades do país.
Conclamamos que as Centrais Sindicais e todas as entidades tenham o 15 de maio como data indicativa para a greve geral, conforme aprovada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação). Caso, infelizmente, as Centrais Sindicais e as Frentes não apoiem esta iniciativa, defenderemos que seja um dia de greve geral da educação e um dia de mobilização e lutas dos demais setores da classe trabalhadora, com atividades de rua unitárias.
Estamos ombro a ombro com a classe trabalhadora em luta, nos somamos a estas jornadas demonstrando nossa perspectiva de unidade de ação e convidando as entidades para fortalecer o Fórum Sindical, Popular e de Juventudes em Luta pelos Direitos e Liberdades Democráticas.
CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA! RUMO À GREVE GERAL!
Fórum pelos Direitos & Liberdades Democráticas
Brasília, 15 de abril de 2019.