FDIM: 76 anos nas lutas anticapitalistas!

imagemViva os 76 anos da Federação Democrática Internacional das Mulheres e as suas lutas anticapitalistas e anti-imperialistas!

O Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro vem saudar os 76 anos da Federação Democrática Internacional das Mulheres ( FDIM ). A federação surgiu em Paris em 1945, em um congresso no Palácio de Mutualidade, com participação de oitocentos e cinquenta mulheres de 40 países, as “irmãs da resistência”. Suas pautas principais eram a luta contra o fascismo e as consequências da segunda guerra mundial, pela a paz e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres no trabalho, na educação e no acesso aos direitos sociais.

A FDIM sempre esteve presente nas lutas anti – imperialistas, anticoloniais e anticapitalistas no mundo. Logo nos primeiros anos de sua existência, sua sede precisou ser mudada da França devido à forte campanha da sua presidente, a comunista Eugenié Cotton, contra a postura colonial da França diante do Vietnã.

Durante as lutas anticoloniais na África, a FDIM atuou ativamente no Conselho Consultivo da ONU e da UNESCO contra a colonização europeia. Nas décadas de 1950 – 70 muitas mulheres da FDIM foram para a Ásia e África, principalmente com o apoio soviético, para missões de solidariedade aos processos revolucionários. Em 1954, a organização esteve na apuração dos crimes cometidos pelos EUA e Coréia do Sul contra a Coréia do Norte.

A revista Mulheres do Mundo Inteiro, editada desde 1961 e traduzida em seis idiomas, foi um importante espaço de luta e organização das mulheres no mundo. Durante as ditaduras militares na América Latina, várias exiladas conseguiram trabalhar e denunciar os crimes da ditadura através da escrita nesse periódico. Ana Montenegro, militante do Partido Comunista Brasileiro, foi redatora da revista entre 1964 e 1979. Essa atividade possibilitou à nossa camarada inspiradora viajar pela Ásia, África, Europa e América Latina, participar das lutas anti coloniais de Angola, Cabo Verde e Moçambique e em eventos no Chile, durante o governo Allende.

Hoje a FDIM tem mais de 200 organizações filiadas nos cinco continentes. Defendemos a autodeterminação dos povos e nos mantemos nas lutas contra o capitalismo, o imperialismo, o patriarcado, a misoginia, racismo e a LGBTfobia. Contra o extermínio de milhares de vidas nas guerras de rapina, na exploração do trabalho, com a destruição ambiental e com o avanço sobre os direitos sociais. A pandemia de COVID 19, que já matou mais de 5 milhões de pessoas, é produto desse modo destrutivo de vida. A violência contra as mulheres é reforçada e parte intrínseca desse sistema.

Por isso reiteramos e construímos as lutas anticapitalistas, anti-imperialistas, anti – heteropatriarcais e antirracistas encabeçadas pela a FDIM!

Viva os 76 anos de lutas da Federação Democrática Internacional de Mulheres e ao internacionalismo proletário!

Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro

Filiado à Federação Democrática Internacional de Mulheres

01 de dezembro de 2021

Referências:

1. Resolución Aprobada en el XVI Congresso de la FDIM. BOGOTA, 17 DE SEPTIEMBRE DEL 2016

2. FLORES, Fernanda. A atuação da Federação Democrática Internacional de Mulheres em Cuba ( 1960 – 1980). Acesso em: https://www.encontro2020.pe.anpuh.org/resources/anais/22/anpuh-pe-eeh2020/1600708617_ARQUIVO_cb3a308419cbbd9b7589ae9ab213f5ce.pdf