Todo apoio à greve dos servidores municipais em Taubaté!

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O Partido Comunista Brasileiro e seus coletivos, vem se manifestar em total apoio aos servidores municipais, professores, eventuais e oficineiros da cidade de Taubaté-SP.

Antes de tudo, é preciso ressaltar: Toda luta por uma vida mais digna, é uma luta justa!

É uma resposta, uma reação ao descaso, ao abandono e aumento da exploração do trabalho humano por parte dos “gestores” da ordem!
Por tanto, para além do apoio das e dos trabalhadores em luta, nossa solidariedade para com os/as mesmos. Sabemos das dificuldades de se manter saudável física e mentalmente no Brasil, com todo aumento dos preços dos alimentos, o combustível em disparada, a ausência de uma política que de fato contemplasse as necessidades do nosso povo durante esse período pandemico e os ataques desenfreados aos direitos mais básicos do povo brasileiro.

Reafirmos por tanto, nosso compromisso com a paralisação dos dias 23, 24 e 25 de março (COMEÇANDO HOJE).

As motivações são inúmeras e envolvem categorias diferentes do trabalho, isso só mostra como os e as trabalhadores estão sofrendo em todos os níveis. As pautas vão desde o aumento salarial para os funcionários municipais e professores, abertura de concursos para os cargos de diretor, vice-diretor, coordenador e supervisor (chega de cargos por indicações), contra a reforma da previdência e, pela regularização da situação trabalhista e melhora da qualidade da Educação de Taubaté, onde os profissionais eventuais representam mais de 70% da categoria. Profissionais que vivem cotidianamente na incerteza, na instabilidade e na insegurança. Trabalhadores e trabalhadoras que acordam e vão para escola construir conhecimento e recebem da Prefeitura de Saud, um não-reconhecimento.

É preciso lembrar que o atual prefeito fez sua campanha falando sobre a realização e efetivação de concursos e seus profissionais, estamos em seu segundo ano de mandato e nada! Permanece a política de Ortiz, de gerir o neoliberalismo, sucatear o ensino, sugar o máximo da energia dos e das profissionais e oferecer menos que mínimo. Manter os e as trabalhadores como trabalhadores informais, quase que sem vínculo.

O enfrentamento dessa política de Saud é também, uma luta pelas crianças do município, não há aprendizado quando não existe um plano de educação estável!

Não regulamentar oficineiros e eventuais, faz com que as crianças tenham que, a cada dia, interagir com professores diferentes. Não há tempo para se estabelecer vínculos pedagógicos e afetivos, no sentido de cativar os alunos e alunas ao aprendizado e, os mesmos, assimilaram a forma que cada profissional desenvolve seu trabalho.

Não é possível também, desassociar o Governo Saud do Governo Bolsonaro-Guedes, a educação e as condições de trabalho dos envolvidos direta e indiretamente no desenvolvimento do nosso povo, na educação, está em desmonte! Numa lógica muito parecida com a de Bolsonaro, a Secretaria de Educação deTaubaté, havia omitido a informação de que, existem 759 vagas aptas a serem preenchidas por concurso de professor, o que significa que 40% dos cargos estão vagos!

Se há vagas, se foi feito concurso, se existem profissiinais disponíveis, por que não efetivá-los como na promessa de campanha? A quem interessa a precarização dos trabalhadores e trabalhadoras? A quem interessa o sucateamento da educação? Quem ganha e lucra com essa situação?

Será que a família Saud, dona de um tradcional colégio particular na cidade, não tem interesses particulares em manter a educação pública assim? Será que o governo Saud, o mesmo que pagou milhões no prédio da antiga escola SAAD, também escola privada, que devia mais paraa prefeitura do que vale o terreno, não opera uma política que favoreça os interesses dos ricos da cidade e não o dos taubteanos e taubateanas?

Ainda nessa semana ouvimos o áudio do Ministro da Educação de Bolsonaro, Milton Ribeiro, onde ele confessa distribuir verbas da educação para municípios que pastores indicarem. Vejam, todo gestor da ordem capitalista usa dos aparelhos do governo para favorecerem seus próprios interesses e aos insteresses dos grandes capitalistas.

Nesse sentido, vemos a necessidade de construirmos um processo de greve geral na educação brasileira! Não é uma tarefa fácil, mas é necessária, corresponde aos interesses dos estudantes, das famílias, dos professores e de todo corpo social-educacional sob ataque e sob a miséria dos governos federal, estadual e municpais, em nosso país.

Contra o governo Bolsonaro, seu ministro e o repasse de verbas comandados pela burguesia da fé!

Contra o sucateamento da educação pública brasileira!

Por investimento público!

Por estabilidade e vida digna aos trabalhadores e trabalhadoras!

Pelo Poder Popular, rumo ao Socialismo!

PCB – São José dos Campos