Mais uma vez os gorilas

O Olhar Comunista desta quinta destaca matéria publicada n’O Estado de S. Paulo sobre nova “crise” entre a Secretaria de Direitos Humanos e militares da reserva e da ativa.


Os gorilas, de pijama ou não, tentam impedir a simples instalação de uma placa na Academia Militar da Agulhas Negras (Aman), escola de formação de oficiais do Exército, em homenagem ao cadete Márcio Lapoente da Silveira, torturado em sessão de treinamento em 1990.

A causa da morte de Márcio foi apontada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos como resultante de maus-tratos e tortura. Enquanto isso, a Justiça Militar brasileira, após realização de Inquérito Policial Militar, não incriminou ninguém. A Secretaria de Direitos Humanos reconheceu a responsabilidade do Estado no caso, e pretende fazer cerimônia pública na Aman.

Por sua vez, um gorila, o general Marco Antônio Felício da Silva, escroque que foi autor do documento dos militares da reserva contrários à Comissão da Verdade, afirmou ao Estadão que “a placa acintosamente levará o nome da Comissão Interamericana de Direitos Humanos” e que o acordo “aponta a Aman como palco de torturas e denigre o seu corpo de instrutores”.

O que denigre não só o corpo de instrutores da Aman mas todo o conjunto das três forças armadas, afirma firmemente este Olhar, é a existência de primatas como este, que ainda carrega o cargo de general.