Crise ultrapassa ‘porta da fábrica’ e chega ao Comércio



O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão oficial de divulgação dos indicadores econômicos do país, divulgou na manhã desta quarta-feira que o volume de vendas no comércio varejista caiu 0,8% em maio na comparação com abril. Trata-se do maior recuo registrado desde novembro de 2008, quando a taxa havia caído 1,3%.

Já o chamado “Varejo Ampliado”, que inclui os segmentos de Material de Construção e de Veículos, registrou queda de 0,7% no mesmo período – o que sinaliza recuo nos setores de Construção Civil e Indústria Automobilística, alguns dos “carros-chefe” do crescimento da economia brasileira nos últimos anos e “queridinhos” sempre atendidos em seus anseios pelo Governo Federal, seja em linhas de créditos especiais, seja pela redução de impostos.

O fato de a crise ter se disseminado do setor industrial para o Comércio indica que o país caminha para a necessidade de fazer escolhas quanto ao seu modelo econômico. A burguesia começará a gritar cada vez mais alto para manter suas taxas de lucro. Eleva-se sobremaneira a necessidade de os trabalhadores se organizarem na defesa de seus direitos.