Santos: desigualdade e violência policial
A subordinação do poder público aos interesses do capital (o velho balcão de negócios da burguesia), em detrimento de um planejamento sério e com a participação popular para resolver os principais problemas da cidade, torna-se a cada dia mais escancarada.
As diversas frações da burguesia continuam intensificando seus mecanismos de dominação e fortalecendo seu poder político. O último processo eleitoral escancarou uma correlação de forças extremamente favorável a eles e o quanto precisaremos lutar para transformarmos revolucionariamente esta realidade.
Toda a população, principalmente a classe trabalhadora, tem sofrido com o desmonte dos serviços públicos e com a terceirização por meio das OSs, que desqualificam os serviços, enriquecem seus “administradores” (donos) e criam currais eleitorais para prefeitos, vereadores e alguns deputados da região.
Na medida em que tal política se aprofunda, mantemos e ampliamos as taxas de mortalidade e contaminação por dengue e outras doenças endêmicas, assistimos o aumento da população em situação de rua, o desmonte do atendimento na educação em geral e na educação especial em particular, a negligência sistemática do poder público com a questão das fortes chuvas e seu impacto para os trabalhadores, principalmente os mais pobres, o déficit histórico de moradias e as moradias em áreas de risco.
Também sofremos com uma das maiores tarifas de transporte público do país e com o aumento dos subsídios e pagamentos realizados pela prefeitura para as empresas de transporte e coleta de lixo. Além destes problemas, temos enfrentado outro, ainda mais grave, que atinge principalmente quem vive nos morros e na Zona Noroeste que é a violência policial.
A Polícia Militar comandada pelo governador neofascista Tarcísio de Freitas (Republicanos) apoiado pelo prefeito Rogério Santos (Republicanos), tem intensificado suas operações nestas regiões, invadindo casas e percorrendo as ruas para matar jovens e adolescentes (em sua maioria negros) e recentemente inclusive crianças, como ocorreu com o garoto Ryan de 4 anos no Morro do São Bento.
No entanto, é fundamental destacar que em Santos também há gente que resiste e luta pelo direito de viver com dignidade em uma das cidades mais desiguais do país e que buscam resgatar a tradição histórica de uma cidade combativa que já foi conhecida como a “Moscouzinha Brasileira”. Aliás, não foi por acaso que esta tradição santista foi sistematicamente atacada por meio de brutal repressão, com prisões, torturas, desaparecimentos e mortes.
No ano em que completaremos 61 anos do golpe empresarial-militar de 1964, o Partido Comunista Brasileiro de Santos (PCB) saúda não a cidade em abstrato, mas todas e todos os trabalhadores e os convoca para construir uma oposição combativa que seja capaz de lutar pela emancipação da classe trabalhadora de todas as formas de exploração, violência e opressão do capital por meio da construção do Poder Popular, rumo ao Socialismo.
AVANTE, CAMARADAS!
RECONSTRUINDO A CIDADE VERMELHA, RUMO AO SOCIALISMO!
É FORÇA E AÇÃO, AQUI É O PARTIDÃO!
PCB – SANTOS