Cuidar da Casa Comum! A vida acima dos lucros!

Grito dos Excluídos e das Excluídas 2025

Heitor Cesar – membro do Comitê Central do PCB e do Operativo Nacional do Grito dos Excluídos

Em 2025, o Grito dos Excluídos e Excluídas completa 31 edições. Neste ano, com o lema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é Luta de Todo Dia – A Vida em Primeiro Lugar”, em todo país organizado por diversas entidades, movimentos sociais, populares, de juventudes e sindicais, o Grito vai pautar a defesa do meio ambiente, constantemente ameaçado por um sistema altamente predatório e também a defesa das liberdades democráticas e da democracia como um todo, tão frágil e ainda inacessível à maior parte da população brasileira, ameaçada pela ofensiva da extrema direita, com suas movimentações e agitações golpistas.

O PCB e seus coletivos, desde as primeiras edições, mobilizam e colaboram com a construção do Grito em todas as capitais e inúmeras cidades em todo o país. Mais uma vez estaremos nas ruas nos somando, tanto nas atividades preparatórias como no ato no dia 7 de setembro.

O Grito é um dos poucos atos com poder de unificação em todo o país e, nessa conjuntura de tantas ameaças e incertezas, deve ser fortalecido em todas as suas dimensões.

No 7 de setembro deste ano, além de gritarmos por uma verdadeira independência, gritamos em defesa do meio ambiente, na salvaguarda e ampliação das liberdades democráticas, por mais justiça social e nenhum recuo diante das ameaças da extrema direita, inclusive bradando por nenhuma anistia para fascistas.

Construir o Grito é uma tarefa de todos os comunistas, socialistas, democratas e progressistas comprometidos com a construção de um novo Brasil tecido por um novo tipo de poder, o Poder Popular.

Saiba mais em https://www.gritodosexcluidos.com/

O GRITO E O PLEBISCITO POPULAR

A vida em primeiro lugar. Cuidar da Casa Comum e da democracia é luta de todo dia. Junto a esta iniciativa ocorre a grande consulta nacional para ouvir o povo sobre trabalho, justiça e dignidade: o Plebiscito Popular contra a escala 6×1, pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial e em favor da taxação dos super ricos.

São duas iniciativas populares que, desde a década de 1990, se complementam, se unem e se reforçam reciprocamente. Consultar a população sobre seus direitos básicos e sobre seu destino fundamental é prática popular que jamais pode ser descartada do horizonte democrático; mobilizar todas as forças sociais para levar às ruas, praças e campos os gritos sufocados pela opressão e dominação, pelo racismo, machismo ou xenofobia, é colocar em marcha as energias que vêm da base e periferias, do solo regado de suor, lágrimas e sangue.

Tanto o Grito quanto o Plebiscito são precedidos e seguidos de outros tipos de manifestações. Marchas e celebrações, seminários e cursos, poemas e canções, encontros e debates, expressões culturais de todo tipo – são atividades que nutrem a força do povo trabalhador. Ambos os movimentos, por outro lado, ganham nova tonalidade, em particular neste momento em que se veem ameaçados não apenas a vida no planeta e os direitos humanos, mas sobretudo a soberania dos povos. Os ataques imperialistas perpetrados pelos EUA e seus aliados prosseguem, mesmo quando o colonialismo parecia morto e enterrado há tempos.

Por isso ganha nova luz e novo vigor o lema “Soberania não se negocia”. Grito e Plebiscito entram em campo para participar da luta em defesa da verdadeira independência: livre da exploração capitalista e das opressões impostas pela sociedade burguesa. Luta e festa se unem, seja para comemorar as vitórias populares, seja para combater todo e qualquer jugo que dobre os joelhos e a coluna vertebral de pessoas e povos, nações e culturas.

(TEXTO ADAPTADO DE https://www.gritodosexcluidos.com/post/grito-e-plebiscito-irm%C3%A3os-g%C3%AAmeos)