Amazônia ‘perdeu uma Grã-Bretanha’ de 2000 a 2010
O atlas “Amazônia Sob Pressão” mediu, com base em imagens de satélite, o desmatamento em todos os países que abrigam a floresta durante o período.
Do desmatamento, 80,4% ocorreu no Brasil, país que abriga 58,1% da floresta. Dono da segunda maior porção de cobertura florestal (13,1%), o Peru foi responsável por 6,2% do desmatamento, seguido por Colômbia ( 8% da floresta e desmatamento de 5%).
De inédito, as avaliações das porções andina e guianense da floresta – importantíssimas pois lá estão boa parte das cabeceiras dos grandes rios amazônicos, especialmente na Colômbia e no Peru.
O pior: caso todos os projetos de exploração econômica na região saiam do papel, a Amazônia perderá até a metade de sua cobertura florestal. As principais pressões sobre a floresta são as estradas, a criação de gado, a exploração de petróleo e gás, a mineração e a construção de hidrelétricas, além de outras causas como a expansão das cidades e a abertura de áreas para a agricultura. Os interesses privados estão por toda a parte, e, pela sua natureza, tendem a deixar a preservação de lado, privilegiando o lucro fácil de curto prazo.