Mali: nova disputa imperialista pela África



Militantes do movimento anti-guerra “Stop the War Coalition” afirmaram, de acordo com o Jornal inglês Morning Star, que as potências capitalistas estão, mais uma vez, usando a retórica antiislamismo ou antiterror para justificar intervenções coloniais, e que a ação militar em curso é parte de uma disputa crescente pelo controle de riquezas minerais pelos países capitalistas desenvolvidos, o que vem gerando grande instabilidade política na África, Ásia central e no Oriente Médio.

A França ocupou o Mali, como Colônia, até 1960. Nesse período, outros países libertaram-se da condição de colônias francesas, como Burkina Faso, Senegal e Costa do Marfim. processo semelhante ocorreu, à época, com as ex-colônias inglesas e de outros países. No entanto, a França mantêm um “status” especial de relações com estes países, com forte influência política e econômica e com a presença de bases militares.

A ação militar no Mali expõe, mais uma vez, a face imperialista da França, da Inglaterra e de outros países que, assim como os EUA, não hesitam em recorrer ao uso da força militar para a defesa de seus interesses políticos e econômicos, principalmente nas regiões menos desenvolvidas do mundo. A intervenção deixa claro que o governo francês, mesmo com sua retórica progressista, não abrirá mão da defesa dos interesses capitalistas que representa, mesmo em sua forma mais agressiva e selvagem.