O capitalismo faz mal à infância



Baseado em estatísticas da União Europeia, o levantamento da ONG afirmou que tais países estão criando “uma geração de jovens subnutridos, com moral baixo e poucas perspectivas profissionais”, para cravar: “essa pode ser a receita não só para uma geração perdida na Europa, mas para várias gerações perdidas”.

Nos cinco países, o início do aumento na taxa de pobreza infantil coincide com o despertar da crise de 2008, e vem crescendo ano após ano até 2011. As estatísticas relativas a 2012 ainda não estão disponíveis.

Os números da Comissão Europeia (órgão executivo da UE) mostram que em 2011 mais de 30% das crianças gregas e espanholas estavam sob risco de pobreza ou exclusão, aumento de quatro pontos percentuais em relação a 2005. Já em Portugal, a cifra bate 28,6%.

Os dados de 2011 não estavam disponíveis para Irlanda e Itália, mas os de 2010 demonstram que 37,6% das crianças irlandesas estavam ameaças de pobreza ou exclusão, e na Itália eram 28,8%.

“Tornou-se um fato estabelecido que as crianças estão sob maior risco de pobreza do que qualquer outro grupo demográfico”, afirmou Deirdre de Burca, da Caritas. Este Olhar complementa: o capitalismo faz mal à infância.