O Haiti é aqui



Segundo matéria do Correio Braziliense, “o problema maior, segundo o governo, é a falta de estrutura para prestar assistência médica aos estrangeiros, vitimados, principalmente, por doenças tropicais como dengue e malária. O estado colocou em alerta máximo as secretarias de Justiça e Direitos Humanos e de Desenvolvimento Social, que ficarão encarregadas de prestar auxílio aos imigrantes. Além disso, todos os órgãos públicos estaduais estão de sobreaviso”.

Pelo menos 1,3 mil estrangeiros, principalmente haitianos, estão alojados precariamente em um abrigo em Brasileia. Segundo números apresentados pelo senador Jorge Viana (PT-AC), pelo menos 5,6 mil haitianos entraram em território brasileiro nos últimos dois anos.

Já para o secretário de Justiça e dos Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão, “a crise está instalada” e que o estado só está garantindo três refeições diárias. “Estamos no máximo do nosso limite. Afinal, são 3,6 mil refeições”, afirmou.

Reflexo da falta de um projeto de apoio internacional efetivo para a reconstrução e o desenvolvimento do Haiti, sem o qual o país dificilmente se reerguerá, e da absurda ocupação militar do Haiti por tropas brasileiras – com ação tipicamente policial para conter os miseráveis -, este é mais um resultado da estratégia brasileira de se “cacifar” perante os governos do mundo em sua estratégia por uma vaga no Conselho de Segurança da ONU.

Portanto, enojam declarações como a de Mourão – enquanto empresas brasileiras ganham centenas de milhões com a ocupação de um país irmão, órgãos do estado brasileiro se dizem “no limite” por oferecer 3,6 mil refeições de ajuda humanitária. É o Brasil petista passando vergonha nas esferas local, nacional e mundial…