Pentágono sugere que intervenção militar na Síria seria cara

Entre as opções, além do atual fornecimento de armas aos “rebeldes” operado pela CIA, incluem o treinamento militar dos grupos de oposição, a realização de ataques aéreos e a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre a Síria.

A lista de opções do Pentágono apresentada no Congresso é um claro reconhecimento de que o governo de Bashar AL-Assad está vencendo a guerra e que não será deposto pelos “rebeldes”. Para a Casa Branca, no entanto, “Bashar al-Assad nunca mais voltará a governar todo o território sírio”, conforme afirmou o seu Secretário de Imprensa.

O episódio deixa clara a crescente limitação dos EUA em realizar ações militares no exterior. O governo daquele país sofreu uma dura derrota, e, ao revelar a intenção de, ao menos, limitar o poder de Assad, fracionando o território da Síria, reafirmou sua postura beligerante de tentar garantir o atendimento de seus interesses políticos e econômicos no Oriente Médio – e em outras regiões – de qualquer maneira, mesmo à custa de milhares de vidas.

Os EUA não esperavam a força mostrada pela resistência do exército sírio, desconheceram que Assad conta com forte apoio popular, que a Síria conta com uma história de muitos séculos e tem unidade nacional, onde a defesa de sua soberania é um elemento central. E, é claro, subestimaram o fato de que os “rebeldes” – na realidade, grupos muito distintos e até antagônicos entre si, mercenários sem qualquer ideologia, não tinham unidade e muito menos legitimidade para impor-se à maioria do povo sírio.