Dilma nomeia raposa para tomar conta do galinheiro (sujo) dos planos de saúde

Exemplo mais claro da subserviência do governo à lógica privada na saúde, impossível – bem como inacreditável crer que possa existir prova mais cabal de que a agência reguladora, assim como suas congêneres, é comandada por aqueles a quem deveria fiscalizar e punir.

Figueiredo encontrará, na diretoria da ANS, “colegas” como o diretor Leandro Tavares, que trabalhou na Amil. E substitui, aliás, o agora ex-diretor Mauricio Ceschin, que já foi da Qualicorp e da Amil.

No caso específico de Figueiredo, há fato pior: houve omissão de sua atuação como defensor de planos privados de saúde no currículo enviado para sabatina no Senado – o que leva o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) a pedir a anulação de sua nomeação. Não que acreditemos que o Senado o vetaria (longe disso…), mas a coisa parece ter ultrapassado os limites.

“O envolvimento do indicado com os planos privados é de conhecimento público e notório. E a Presidência da República enviou o currículo dele com essa omissão. Isso precisa ser apurado”, afirmou a presidente do Idec, Marilena Lazzarini.

Concordamos. Se a Presidência da República, ao preparar o currículo, quis jogar essa sujeira de Figueiredo para debaixo do tapete; acabou dando um tiro no pé – que plano algum de saúde vai tratar…