PT, cavando o fundo do poço em benefício das capitanias hereditárias
O encontro reuniu o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer; e o presidente do PT, Rui Falcão; o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL); os líderes na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e no Senado, Eunício Oliveira (CE); os senadores Jader Barbalho (PA), Valdir Raupp (RO) e Romero Jucá (RR) e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Pelo PT, além de Falcão estavam os líderes na Câmara, José Guimarães (CE), e no Senado Wellington Dias (PI). É isso mesmo que você está pensando ao ler esses nomes: bandidagem das grossas!
Entre as divergências não resolvidas, o caso mais emblemático é o do Rio de Janeiro (até a presente data, o PT continua no governo de Sergio Cabral, blindado dos ataques de Lindbergh Farias por ordem direta de Lula). Cabe lembrar que o Rio é o estado que tem o maior peso (número de delegados) na convenção nacional do PMDB, que decidirá se a sigla apoia ou não Dilma Rousseff nas eleições de 2014.
Mas vamos aos resultados concretos do “encontro”, como o compromisso do presidente nacional do PT, Rui Falcão, de apoio petista à candidatura de Helder Barbalho, filho de Jader Barbalho (PMDB-PA), ao governo do Pará. Falcão também afirmou que o PT apoiará a candidatura do presidente do Senado, Renan Calheiros, para governador de Alagoas. Ocorre que a candidatura pode ser do filho de Renan, jogada deste pela manutenção de seu poder no Senado Federal. Outro exemplo não “hereditário”, mas certamente de “capitania” é a Paraíba, onde o PT vai aderir à candidatura do senador Vital do Rêgo ou de seu irmão, Veneziano do Rêgo.
As “negociações” prosseguirão, e já está definido pelo PT que onde houver resistência das bases Lula será usado para enquadramento e submissão ao PMDB local. Está claro, comprovado e escancarado que o PT não aprendeu com as manifestações de junho/julho e referendou uma vez mais seu lado. Ele é parte das capitanias hereditárias, do atraso, do fisiologismo.