Esclarecimentos do Sindipetro-RJ à sociedade e aos petroleiros

Em resposta à matéria caluniosa “A conexão sindical”, publicada no jornal O Globo de terça-feira (22), a direção do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) informa:

Fomos surpreendidos pelo conteúdo da matéria, que vincula o nome da entidade a um inquérito policial, referente a “suposto financiamento de atos violentos”, pois jamais o Sindicato e qualquer de seus diretores foi sequer informado sobre a existência do referido inquérito e muito menos chamado a prestar depoimento.

Fundado há 55 anos, a longa trajetória de luta do Sindipetro-RJ sempre foi marcada pela defesa da soberania popular e do povo brasileiro.

Sempre lutamos a favor do controle estatal do nosso petróleo. Estivemos nas ruas contra a ditadura militar. Participamos da campanha pelas Diretas Já, contra o monopólio da mídia, pela ampliação dos direitos dos trabalhadores e, nos últimos anos, nos orgulhamos de estar ao lado e de apoiar as principais greves e mobilizações, tais como: greves de professores, garis, rodoviários, bombeiros, policiais civis e polícia federal, servidores do judiciário, pela libertação dos 13 de Obama, dentre outros.

Para além das questões corporativas, os petroleiros do Rio de Janeiro sentem orgulho de apoiar todos aqueles que lutam por justiça social. Como os atos em defesa da Aldeia Maracanã, contra a demolição da Escola Municipal Friedenreich, do Célio de Barros e do Parque Aquático Julio Delamare, contra a privatização do Maracanã. Recentemente, apoiamos ato em favor do povo palestino.

O Sindipetro-RJ é uma entidade que respeita a Constituição e as leis brasileiras. Consideramos legítimo o apoio à livre expressão dos movimentos sociais na luta por direitos sociais e por uma vida melhor. Nada disso é proibido pelas leis brasileiras.

Nesse sentido, repudiamos as distorções e insinuações contidas na matéria “A conexão sindical” do Jornal O Globo da terça-feira, 22 de julho, que busca criminalizar movimentos sociais e manchar o nome e a história de luta da nossa entidade de classe.

Hoje a luta contra os leilões do nosso petróleo e gás é uma das nossas principais bandeiras. Mas ao contrário do que diz o jornal O Globo, a violência no ato contra o leilão de Libra partiu das forças policiais. O professor Carlos Lessa, por exemplo, que já foi presidente do BNDES e reitor da UFRJ, participava pacificamente da manifestação, quando foi ferido por bala de borracha, assim como Frei Lency, frade franciscano, e inúmeros outros militantes. Temos toda a manifestação gravada e nos colocamos a disposição para comprovar essa grande inverdade da matéria publicada.

É com grande preocupação que assistimos, estarrecidos, à volta de métodos da ditadura, como a prisão de pessoas, na suposição de que “poderiam estar tramando algo contra a alguém”. Pessoas e instituições têm suas casas invadidas sem mandato judicial. São fatos que constituem ameaça concreta ao estado democrático de direito.

Nesse momento, refutamos com veemência a tentativa de criminalização dos movimentos social e sindical. Ratificamos nossa inteira solidariedade aos presos e perseguidos, apenas por estarem inseridos nas lutas em favor do passe-livre, direito à saúde e educação, reforma agrária, reforma urbana, dentre tantas outras.

O Sindipetro-RJ reafirma seu compromisso com a democracia e com a defesa intransigente dos trabalhadores. Vamos continuar na luta pelo fim dos leilões e pela Petrobrás 100% Estatal e Pública.

Diretoria Colegiada do Sindipetro-RJ – Rio de Janeiro, 22 de julho de 2014.

apn.org.br

http://csunidadeclassista.blogspot.com.br/2014/07/esclarecimentos-do-sindipetro-rj.html

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