OlhoVivo

PT, de dono das ruas a coadjuvante

O Globo Depois de terem sido hostilizados no mês passado, durante as manifestações organizadas em redes sociais, os petistas decidiram ontem participar de forma discreta do ato organizado em São Paulo pelas centrais sindicais. Militantes chegaram à Avenida Paulista sem as tradicionais bandeiras e camisetas vermelhas com a estrela no peito. Por orientação da direção petista em São Paulo, muitos filiados usaram camisetas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade afinada com o governo.

Governo em alerta contra as paralisações

Correio Braziliense Depois da onda de manifestações populares que abalaram o governo, novos protestos, desta vez trabalhistas, preocupam o Palácio do Planalto. Na próxima quinta-feira, milhões de profissionais de setores estratégicos, como o metalúrgico, o de petróleo, o de transportes e o serviço público, prometem cruzar os braços em pelo menos 14 estados. Os pleitos são diversos: vão desde o reajuste para os aposentados à redução da jornada de 40 horas semanais. Aos menos três portos — Santos (SP), Paranaguá (PR) e Suape (PE) — devem ter o funcionamento afetado. Além disso, a promessa é de que várias rodovias, sobretudo em São Paulo, tenham o tráfego interrompido.

Ônibus: tarifa subiu 67% em 12 anos

O Globo Estopim das manifestações de rua que agitam o país, o preço da tarifa de ônibus no Brasil reflete um modelo de financiamento que está esgotado, na medida em que tem como principal fonte as passagens pagas pelos usuários. O diagnóstico faz parte de uma nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada ontem. O Ipea – vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República – propõe alternativas de financiamento que vão do uso de dinheiro público até a criação de impostos, além da cobrança de pedágio e taxas de quem tem carro. A nota técnica aponta que o valor das tarifas de ônibus subiu, em média, 67% acima da inflação de 2000 a 2012.

Contas públicas: Cortes podem chegar a 25 bi

O Globo Para garantir o cumprimento do superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) prometido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para 2013, a equipe econômica prepara um corte de despesas do orçamento, que deve ser anunciado até o dia 22. Em um primeiro momento, pode ficar um pouco abaixo de R$ 15 bilhões, mas será ampliado, se necessário, para fechar as contas. Há no governo quem defenda um corte de até R$ 25 bilhões para dar um sinal de austeridade ao mercado. A ideia é calibrar de acordo com as receitas nos próximos meses.

Economistas põem PIB de 2013 em revisão e cresce risco de alta inferior a 2%

Valor Econômico Economistas se preparam para uma nova rodada de revisões para baixo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013. A queda bem maior do que o esperado da produção industrial de maio – de 2% sobre abril segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – pesa sobre as projeções, mas funcionou mais como mais um sinal de alerta. São os impactos ainda desconhecidos dos protestos nos dados de atividade de junho que pautam as indicações de que novas leituras do PIB virão.

Governo prepara cortes de R$ 20 bi

Correio Braziliense   Diante da onda de desconfiança que varre o país, a presidente Dilma Rousseff garantiu ontem aos investidores que cumprirá um dos cinco pactos listados por ela para responder às demandas que vêm das ruas: o controle das contas públicas. Ela enfatizou que o governo vai “olhar onde é possível e onde não é possível” para atingir a meta de superavit primário de 2,3 % do Produto Interno Bruto (PIB), como demanda o mercado financeiro, assustado com a gastança que está empurrando a inflação para muito além do centro da meta, de 4,5%, perseguida pelo Banco Central. Entre a equipe econômica, a promessa é de que haja um contingenciamento de gastos entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões.

Brasil vive forte crise de confiança, acredita governo

Valor Econômico Os estrangeiros, pela primeira vez em quase uma década, estão receosos em trazer seus recursos para o país. O governo sustenta que isso ocorre não por causa dos fundamentos econômicos, que são bons – não há risco de insolvência fiscal nem de crise no balanço de pagamentos -, mas em razão do clima de desconfiança que se instalou tanto no mercado interno quanto no externo.

Crise de confiança no Brasil ameaça até aposentadorias

Correio Braziliense As perdas no mercado financeiro têm se disseminado. A saída de investidores estrangeiros do Brasil, que apenas em junho tiraram do país US$ 4 bilhões, deixa um rastro de destruição, sobretudo para os pequenos poupadores e para as aposentadorias. A Bolsa de Valores de São Paulo (BMF&Bovespa) levou ontem um tombo de 3,01% e fechou aos 49.769 pontos — foi a primeira vez que o indicador ficou abaixo dos 50 mil pontos desde agosto de 2011. Com o resultado, o primeiro semestre caminha para ser o pior desde o auge da crise de 2008, quando o Ibovespa, índice que reúne as principais ações brasileiras, afundou 42,25%.

Governo atende pleito e fatia licitação de rodovias

Valor Econômico Após uma longa queda de braço com a iniciativa privada, que culminou no aumento das taxas de retorno, o governo remarcou os leilões de 7,5 mil quilômetros de rodovias federais anunciados pela presidente Dilma Rousseff no ano passado. O novo calendário foi divulgado ontem pelo ministro dos Transportes, César Borges, e fatia as licitações de rodovias em cinco datas diferentes.