OLHAR COMUNISTA – 11/04/2017
Partido Comunista da Turquia denuncia repressão a seu direito de expressão
O Partido Comunista da Turquia (TKP) informou que foi proibido, pelo governo, de realizar uma manifestação no sábado, dia oito de abril, em que defenderia o voto “Não” no referendo de mudança constitucional – que elimina o cargo de primeiro ministro e concentra mais poder no presidente – marcado para o próximo dia 16. Segundo o TKP, militantes comunistas têm sido detidos pela polícia nos últimos dias por conta da campanha, não apenas na Turquia, mas também em outros países, como na Alemanha, onde muitos turcos residem.
O referendo é mais uma tentativa do presidente Erdogan de restringir ainda mais as liberdades democráticas na Turquia, onde a repressão política vem recrudescendo. A resposta dos comunistas turcos é uma ampla convocação para a distribuição do jornal Boyun Egme, nas ruas e praças, por todo o país. Muitos amigos e simpatizantes do TKP já confirmaram sua presença.
Todo o apoio e solidariedade aos comunistas da Turquia!
Partido Comunista da Venezuela (PCV) realiza manifestação pública contra a ameaça à sua legalidade
O PCV realizou, no último dia sete de abril, uma grande manifestação contra a ameaça à sua legalidade empreendida pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. A ameaça ao PCV se baseia numa lei de 1965, aprovada pelo governo ditatorial daquele período, que se destinava a restringir a atividade política em geral, e que está sendo reativada pelo governo Maduro. A ação do Conselho Eleitoral é de exigir que o PCV entregue ao governo os dados de seus militantes, como condição para “renovar” sua legalização.
O ataque ao PCV é um ataque aos interesses da classe trabalhadora, no momento em que se manifestam os impasses e as crises política e econômica por que passa o processo de desenvolvimento capitalista na Venezuela. Defender o PCV e sua legalidade é defender os direitos e conquistas populares naquele país.
Greve geral na Argentina contra a política econômica de Macri
No último dia seis de abril, quinta-feira, realizou-se uma greve geral, de 24 horas na Argentina, organizada pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT). Paralisaram suas atividades os transportes públicos, portos, bancos e escolas. Houve choques entre polícia e manifestantes nas estradas de acesso a Buenos Aires. A greve realizou-se no mesmo dia em que se reunia, na capital argentina, o Fórum Econômico Mundial para a América Latina.
Os trabalhadores denunciam a elevada inflação (em torno de 40%) e a queda do seu poder de compra. Exigem proteção para as empresas nacionais, o fim das demissões e aumentos reais de salários e benefícios sociais.
A situação econômica na Argentina se deteriorou em grande escala após a chegada de Macri ao poder. Com a implementação de políticas liberais, recrudesceu a recessão e aumentaram significativamente o desemprego e a miséria. A concentração de renda também se aprofundou.
Este quadro é o resultado da fase atual do capitalismo, monopolista e integrado internacionalmente, em que as condições de vida dos trabalhadores e da população pobre se agravam pela aplicação das políticas liberais, que só querem salvar da crise os lucros das empresas. O capitalismo argentino não é reformável e jamais mudará, no que depender da vontade da burguesia, em favor dos interesses dos trabalhadores. A classe trabalhadora argentina entendeu que a saída, no curto prazo, é a luta organizada pela derrubada do atual governo e sua substituição por um novo governo, que seja capaz de defender os interesses populares.