Fortalecer a luta direta dos trabalhadores para barrar as contrarreformas: força total na construção da Greve Geral dia 30 de junho
A Unidade Classista tem acompanhado com muita preocupação as últimas movimentações de cúpula no interior do movimento sindical brasileiro. Na última quarta-feira (14), uma parte das centrais se reuniu em SP. Após o encontro, realizado a portas fechadas, foram divulgados materiais, supostamente unitários, cujo conteúdo claramente dilui a Greve Geral em 10 dias de “Alerta Total”, entre 20 e 30 de junho.
Em menos de 24 horas, contudo, já havia alertas nas redes sociais de entidades que não participaram de tal reunião e não autorizaram a assinatura nos cartazes e panfletos publicados em 14 de junho.
Na reunião anterior (05/6), representantes de todas as centrais haviam avaliado a importância das lutas realizadas, sobretudo nos dias 28/4 e 24/5, e decidido por consenso que a luta para barrar as contrarreformas de Temer exigia uma nova Greve Geral, anunciada para o dia 30 de junho.
Parece, porém, que algumas máscaras estão caindo. Até então, as direções sindicais pelegas vinham cedendo à pressão das bases e procurando mostrar o mínimo de serviço frente às brutais agressões do governo Temer à CLT e às conquistas sociais da Constituição de 1988.
Todavia, à medida que se acirra a crise brasileira e a classe trabalhadora começa a retomar a luta em seu terreno, aumenta o temor das burocracias sindicais em perder o controle. Em que pesem suas diferenças, as grandes máquinas sindicais estão assumindo na atual conjuntura uma tarefa em comum, a serviço da repactuação nacional – seja através de negociações espúrias com o atual governo, seja com a ilusão institucional em um novo ciclo de conciliação de classes.
Apesar da situação adversa, a Unidade Classista acredita na capacidade da classe trabalhadora passar por cima das direções pelegas e garantir a construção pelas bases da melhor ferramenta para derrotar as contrarreformas, trabalhista e previdenciária: a Greve Geral.
Conclamamos todas as categorias que ainda não o fizeram a realizarem assembleias o mais rápido possível para discutir os próximos passos do movimento. A prioridade dos trabalhadores no atual contexto é defender seus direitos históricos. O único meio disponível no momento para o cumprimento desta tarefa é a luta direta, paralisando a produção e tomando as ruas.
Reafirmamos nossa disposição para a unidade com todos que compreendem que direitos não se negociam e é hora de defendê-los a todo custo contra as garras da burguesia e seus representantes no Executivo, Legislativo e Judiciário.
A mobilização em cada local de trabalho nos próximos dias será fundamental para definir os rumos da luta dos trabalhadores. Está se abrindo uma virada política no movimento sindical brasileiro. Os dirigentes sindicais recuados que não entenderem este processo só tem um destino possível: o lixo da história.
O momento impõe uma definição cada vez mais clara sobre qual lado da luta de classes se posicionar. A Unidade Classista nunca teve dúvida em seguir firme do lado dos trabalhadores.
Coordenação Nacional