Argentina: 800 mil vozes pela igualdade, direito ao aborto e contra o femicídio

8M: As mulheres do Movimento Nacional Campesino Indígena se somaram ao grito global
Resumen Latinoamericano

Milhares de mulheres, lésbicas, travestis e trans saíram às ruas em um só grito: “Basta de Patriarcado, basta de femicídios, basta de abortos clandestinos e morte, basta do desaparecimento das nossas filhas para a prostituição, basta de abusos, violências e de todas as precaridades a que nos condena o capitalismo.

8M: As mulheres do Movimento Nacional Campesino Indígena se somaram ao grito global

Neste 8 de março nos autoconvocamos e alçamos a voz da luta e o corpo contra todas as formas de violência que vivimos pelo simples fato de sermos mulheres. Somamo-nos ao grito global contra o capitalismo e o patriarcado.

Nos valorizamos solidariamente e nos reconhecemos mulheres emancipadoras de sonhos, construtoras de novas sociedades, conjuntamente com toda a classe trabalhadora do mundo.

Nós, mulheres do Movimento Nacional Campesino Indígena, dizemos basta que as mulheres camponesas sejamos consideradas como ajudantes e que não se valorize o trabalho que realizamos dia a dia. Das mãos das mulheres começam as coletas das sementes, permitindo seu cuidado e sua reprodução, pois nós conhecemos o uso das ervas e das plantas medicinais que logo o capitalismo se apropia, pondo, em primeiro lugar, a produção a serviço do homem e invisibilizando a mulher.

Hoje saímos às ruas pelas mulheres que deram sua vida na luta pela terra, pela Soberanía Alimentar e por uma vida digna no campo.

É por isso que PARAMOS para denunciar todas as formas de violência que nos afetam, tanto psicológica, física,econômica, institucional quanto simbólica.

*Porque menos de 2% da terra na Argentina está em nome de mulheres.

*Porque menos de 2% da terra na Argentina está em nome de mulheres.

Paramos para seguir denunciando que o modelo do agronegócio é um modelo de exclusão e de opressão para as mulheres

*Porque 70% das jovens entre 14 e 19 anos são engravidadas e não têm direito a assistência e aceso a métodos anticonceptivos nos centros de saúde e hospitais.

*Paramos pelas mais de 3 mil meninas, adolescentes e mulheres adultas que estão desaparecidas

*Paramos contra o ódio às diferenças sexuais e identitárias

Se nossa vida não vale nada, produzam e reproduzam sem as mulheres!!!!

SEM FEMINISMO NÃO HÁ SOCIALISMO!!!!!

Buenos Aires. 8M. 800 mil voces en un solo grito por la igualdad, por el aborto para no morir y contra el femicidio (fotos)