Parente cai! A Petrobrás e o petróleo ficam!
Unidade Classista dos Petroleiros RJ
Temos muitos motivos para comemorar a queda de Parente! A grande insatisfação popular oriunda da política de preços de combustíveis e gás de Parente e Temer acabou gerando a organização de uma enorme luta unitária dos trabalhadores. Enquanto os preços atingiam a estratosfera, sacrificando fortemente a população, Parente mantinha nossas refinarias ociosas, garantindo um aumento da importação de combustíveis por concorrentes estrangeiros.
Essa política entreguista e privatista gerou um verdadeiro caos: desemprego, desabastecimento e alta de preços de toda cadeia de mercadorias. O plano se tratava de uma venda casada. Junto com a pretendida entrega das refinarias que estão sendo propositalmente sucateadas, se vendia também a política de preços subordinada às cotações do mercado internacional, dolarizado. Essa era a forma de seduzir eventuais compradores, pois priorizava o lucro acima de tudo. Representava a quebra de nosso potencial de desenvolvimento industrial, de nossa estabilidade econômica e de nossa soberania energética, fazendo drenar a renda do petróleo, de interesse estratégico, público e coletivo, estritamente para interesses privados.
Portanto, a greve dos caminhoneiros serviu como um divisor de águas para frear esse plano de privatização e botar os irresponsáveis Temer e Parente contra a parede. A greve dos petroleiros, que iniciou com toda força, foi a pá de cal para derrubar Parente. As ameaças de repressão, vindas tanto da justiça quanto da gestão da Petrobrás, denunciavam a grande insegurança que sentiram ao perceberem que a política privatista estava em xeque. Membros da própria elite direitista abandonaram o navio e começaram a pedir a cabeça do Parente, ao perceberem que os planos não saíam conforme o previsto. Não por acaso, caíram em sequência, o aliado de Parente no Conselho Administrativo (infiltrado da Shell na Petrobras), e em seguida, o próprio Parente.
Precisamos reconhecer nossas vitórias, mas não basta que caia Parente. É fundamental que com ele caia essa política de preços nefasta e todo o plano de privatização do patrimônio público brasileiro. A Petrobrás não pode seguir refém de especuladores das bolsas de valores! Fazemos um chamamento para que todos os trabalhadores, toda militância e movimentos sociais sigam mobilizados, exigindo mais e mais que a renda petrolífera esteja a serviço e sob controle dos trabalhadores brasileiros.
Cabe aos petroleiros e à sociedade brasileira fazer um amplo debate sobre o papel estratégico da Petrobrás, seus rumos e prioridades, e a partir daí, escolher a próxima presidência e toda sua gestão.
Pela recompra das ações da Petrobrás nas bolsas de valores por parte do governo!
Pela democracia da escolha dos rumos e dos gestores da Petrobrás!
Contra a privatização das refinarias, dutos e terminais da Petrobrás!
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