PCB presente nos atos contra Bolsonaro em todo o Brasil

imagemO PODER POPULAR

Manifestações convocadas pelas organizações políticas de esquerda e por uma grande diversidade de movimentos sociais e coletivos populares reuniram milhares de pessoas neste sábado, dia 20 de outubro, em inúmeras cidades do Brasil, para repudiar as propostas de Bolsonaro de ataques aos direitos da classe trabalhadora, às liberdades democráticas e à soberania nacional. O ato mais massivo ocorreu em Fortaleza, Ceará, onde o candidato a presidente Fernando Haddad (PT) discursou para uma multidão de 50 mil manifestantes.

O PCB e seus coletivos de luta (Unidade Classista, União da Juventude Comunista, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, Coletivo Negro Minervino de Oliveira e Coletivo LGBT Comunista) se fizeram presentes nas manifestações com seus militantes e bandeiras, repudiando a candidatura fascista de Bolsonaro, que faz elogios à ditadura empresarial-militar de 1964-1985 e aos torturadores, declara sem pudor o seu machismo, o racismo e a homofobia, além de propor a privatização total das empresas estatais, da educação pública, a destruição do SUS, a entrega das nossas riquezas às multinacionais e a ampliação da precarização dos empregos, com mais retiradas de direitos trabalhistas.

Mais do que qualquer outra organização de esquerda no Brasil, o PCB sabe o que é enfrentar o fascismo, pois resistiu à ditadura do Estado Novo e à ditadura imposta em 1964, tendo sido o Partido mais perseguido da história brasileira, desde o seu nascedouro o período mais recente. O PCB teve um terço de seu Comitê Central assassinado pelos agentes da repressão nos anos 1970, além de que centenas de nossos militantes foram torturados, presos e exilados. Não é por acaso que, ao final dos resultados eleitorais do primeiro turno, indicamos de imediato o voto em Fernando Haddad, como forma de evitar a ascensão do fascismo ao poder de Estado e, em seguida, continuar a enfrentá-lo nas ruas, nos locais de moradia, no trabalho e nas escolas.

Em todo o Brasil, milhares de manifestantes ocuparam as ruas para dizer Ele Não! e Haddad Sim! Em Goiânia, a militância comunista se somou às organizações populares que clamaram em favor da liberdade e da democracia com justiça social. Em Brasília, o ato “Mulheres pela verdade e pela justiça” reuniu mais de 10 mil pessoas, que se concentraram na Rodoviária do Plano Piloto, seguindo em marcha até a Funarte. Em Belém (PA), cinco mil pessoas saíram da frente do Mercado de São Brás em caminhada pelas ruas da cidade. No Recife (PE), o ato “#HaddadSim: Mulheres pela Democracia” levou cerca de 50 mil pessoas às ruas. No município de Petrolina, o ato “Semiárido pela Democracia” recebeu caravanas de diversas regiões do Semiárido. No fim da tarde, a manifestação, com cerca de 30 mil pessoas, seguiu para Juazeiro (BA).

Em Belo Horizonte (MG), a presença de artistas e grupos culturais foi marcante, reunindo 42 blocos de carnaval da cidade unidos contra Bolsonaro. Em Curitiba (PR), o ato público contou com a participação de entidades religiosas, como a Frente Evangélica pelo Estado de Direito, cujos integrantes defendem o voto em Haddad, entendendo que Bolsonaro é contrário aos ideais cristãos, ao pregar a violência e o ódio e fazer apologia à tortura. Em Porto Alegre (RS), cerca de 10 mil pessoas se reuniram em frente ao Monumento ao Expedicionário no Parque da Redenção e contou com a presença da candidata a vice-presidenta Manuela d’Ávila, que denunciou o escândalo do Caixa 2 da campanha de Bolsonaro e resgatou a figura histórica de Leonel Brizola.

No Rio de Janeiro, centenas de pessoas se concentraram na Cinelândia e saíram em passeata na direção da Lapa, levando faixas e cartazes com mensagens contra a candidatura de Jair Bolsonaro e proferindo palavras de ordem em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), brutalmente assassinada por quem se sentia incomodado por sua luta em defesa das mulheres, dos pobres, negros e negras, comunidades LGBTI, num crime que continua impune após mais de sete meses.

Em São Paulo, 50 mil pessoas ocuparam o Masp e a avenida Paulista num grande ato pela democracia. O dirigente do MTST e candidato à Presidência da República do PSol, Guilherme Boulos, discursou: “O que tá em jogo é a democracia contra a ditadura. Ficar ao lado do Haddad nesse segundo turno é estar a favor dos direitos sociais. Vamos virar voto!”.

Encerramento do ato em São Paulo, na Praça da Sé.