Unidade Classista na luta contra o fim da Justiça do Trabalho

imagemUnidade Classista – Ceará e Jornal O Poder Popular

Na manhã desta segunda-feira (21), a Unidade Classista esteve presente no ato em defesa dos direitos sociais e da Justiça do Trabalho, realizado em Fortaleza e promovido pela Associação dos Advogados Trabalhistas do Estado do Ceará (Atrace), com apoio de diversas entidades sindicais e populares.

Em frente ao Fórum Autran Nunes, o ato defendeu a manutenção da Justiça do Trabalho, que o governo Bolsonaro (PSL) pretende extinguir. Realizado em vários estados, o protesto mostrou unidade de diversos setores contra esse ataque à classe trabalhadora, pois a extinção da Justiça do Trabalho interessa somente aos patrões, que visa aprofundar a retirada de direitos sociais com a entrada do novo governo.

No ato, o camarada Roberto Santos falou em nome da Unidade Classista, reiterando o nosso compromisso de construir o poder popular e unificar a luta da classe trabalhadora, contra a exploração do capitalismo.

Assista o vídeo em https://www.facebook.com/ucceara/videos/291982698170635/

O governo Bolsonaro prepara novos ataques contra os direitos da classe trabalhadora, para favorecer os interesses dos capitalistas: a contrarreforma da previdência, o aprofundamento das privatizações e das terceirizações, a ratificação e o avanço da contrarreforma trabalhista, a implantação da carteira verde e amarela, a criminalização dos movimentos sociais e as perseguições aos sindicatos e partidos de esquerda.

A privatização total da Previdência

A proposta de Bolsonaro e do seu ministro banqueiro, Paulo Guedes, é a “capitalização” da Previdência. Eles contam várias mentiras para enganar a classe trabalhadora, dizendo que esse projeto vai aumentar a segurança e o rendimento da previdência popular. Mas, na verdade, só quem ganha com esse projeto são os banqueiros.

A tal “capitalização da Previdência”, apesar do nome difícil, é uma coisa simples: significa passar a gestão da Previdência para as mãos dos grandes bancos. Com isso, eles poderão especular e realizar suas orgias financeiras com bilhões de reais de dinheiro do povo. Esses mesmos bancos que devem bilhões para a Previdência, que cobram juros e taxas absurdas e que lucram trilhões de reais todo ano enquanto o mundo afunda numa crise que eles mesmos causaram… Como será que eles cuidarão da Previdência dos trabalhadores?

Só existe um país no mundo todo que já fez o que Paulo Guedes está propondo: o Chile. Lá, onde a previdência capitalizada já existe há muitos anos, o resultado é catastrófico. Com as falências e reviravoltas da Bolsa de Valores, os trabalhadores e trabalhadoras correm sempre o risco de ver o dinheiro de sua aposentadoria evaporar. Muitas pessoas que passaram anos pagando a previdência terminam a vida na miséria. O Chile é o país onde mais idosos se suicidam todos os anos. Enquanto isso, os bancos gestores desses fundos de previdência continuam lucrando muitos bilhões de dólares…

Só a luta organizada pode barrar essa insanidade

No ano de 2017, o governo Temer tentou aprovar a reforma da previdência, que previa vários ataques aos direitos da classe trabalhadora. Em uma das maiores greves gerais da história do país, a paralisação do dia 28 de abril forçou o governo e os deputados a recuar e adiar o projeto.

Agora, após a eleição de um presidente que deseja aplicar uma proposta ainda pior, de total privatização da previdência e destruição da aposentadoria pública, é preciso organizar novas e grandes mobilizações, resistindo nas ruas e preparando a greve geral contra esses ataques aos nossos direitos!