EUA apela por maior autonomia para realizar “operações” na América Latina

Os comandos especiais, que apareceram pela primeira vez nos anos 1980 para libertar reféns detidos no Irã, e cuja estréiafoi um fracasso, vem recuperando desde então fama e protagonismo, e agora solicitam “não ter que percorrer os canais normais de aprovação exigidos pelo Pentágono”, segundo a BBC News.

No entanto, alguns setores políticos norte-americanos se recusam a permitir que grupos armados possam “prejudicar as relações dos Estados Unidos com seus vizinhos no hemisfério”.

O reconhecimento oficial

Questionado o Escritório para Assuntos Latino-americanos de Washington, o analista de Política de Segurança Adam Isaacson disse que “embora naturalmente não se possam dar muitos detalhes, pode-se imaginar quase tudo”, em referência à atuação dos comandos ao sul do rio Bravo.

Isaacson reconheceu que a situação é muito mais “preocupante” em países como Venezuela, Bolívia, Equador eNicarágua, mas sem excluir países “aliados” nos quais se pode incluir as “operações de inteligência contra grupos ou indivíduos que sejam vistos como ameaça aos Estados Unidos”.

Também reconheceu que a criação dos Military Liaison Elements (elementos de ligação militar) dentro das embaixadas já virou rotina. “Eram grupos de elite que ali se encontravam inclusive sem o conhecimento dos embaixadores”, explicou. “Andavam à paisana, armados e se fizeram visíveis somente porque em Assunção, no Paraguai, mataram um ladrão na rua”, concluiu.