É necessário parar a produção!
Além disso, no Brasil, a transmissão comunitária do COVID-19 já atinge proporcionalmente números mais elevados que os registrados na Itália.
Tanto o governo federal, com suas ações e declarações que relativizam a gravidade da propagação da pandemia, e com a proposta indecente de redução da carga horária e dos salários, quanto os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro, epicentros da propagação, que continuam propondo ações muito aquém do necessário, demonstram o descaso com a vida de milhões de trabalhadores e evidenciam que, no Brasil, os interesses da burguesia continuam mais do que nunca em primeiro lugar.
Não há dúvidas de que as maiores vítimas da pandemia serão os trabalhadores que diariamente enfrentam a luta do emprego, do subemprego e do desemprego e que transitam, trabalham e moram nas piores condições.
Está claro que, neste momento, não há outra atitude a ser tomada que não seja a imediata suspensão por tempo indeterminado do funcionamento de todas as indústrias, do comércio e dos serviços públicos e privados que não estejam trabalhando na linha de frente do combate à pandemia.
Somente os setores de saúde, assistência social, segurança, energético, alimentício, os meios de comunicação, ou seja, os serviços considerados essenciais, deverão continuar funcionando.
A Unidade Classista orienta seus militantes, os trabalhadores e as trabalhadoras de todos os demais setores, que ainda estão trabalhando normalmente, que imediatamente se organizem em seus locais de trabalho e, juntem-se aos seus sindicatos para exigir a interrupção de suas atividades, com a manutenção de seus salários integrais, direitos e garantias e,
caso não haja resposta positiva, proponham, ao conjunto dos trabalhadores, a deflagração de denúncias e greves.
Já os trabalhadores que estão na linha de frente deste combate, que utilizem e exijam os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e mobilizem-se contra os patrões e governos que ainda não providenciaram estes equipamentos.
Só a luta organizada salvará nossos salários, direitos e nossas vidas!
Reivindicamos ainda:
Revogação imediata da emenda constitucional 95;
Garantia de estabilidade no emprego, com salário integral e todos os direitos e garantias, aos trabalhadores com carteira assinada e estatutários no setor público e privado;
Adiantamento do décimo terceiro para todos os trabalhadores do setor público e privado;
Salário mínimo mensal, custeado pelo estado, a todos os trabalhadores sem carteira assinada, como medida permanente;
Suspensão imediata do pagamento da dívida pública;
Utilização emergencial de toda a rede hoteleira privada para isolamento social dos moradores de rua e de quem mais necessitar.
AVANTE, CAMARADAS!
Unidade Classista, futuro socialista!
Coordenação Nacional