BNDES tem quase R$ 60 bilhões na Vale, Petrobrás e JBS

A norma incluiu a Vale no grupo integrado por Petrobrás e Eletrobrás, clientes para os quais a participação acionária não entra no cálculo do limite de exposição – regra para reduzir riscos de solvência. A Vale virou a exceção da exceção, por tratar-se de uma empresa privada com acesso a benefício antes disponível somente a companhias controladas pelo governo.

A participação de 15% do BNDES na Petrobrás, após a capitalização de 2010, equivale a quase R$ 37 bilhões, pelas cotações do último dia 30. No caso da Vale, a fatia é de cerca de R$ 17 bilhões. A terceira empresa na lista das participações bilionárias do BNDES é o frigorífico JBS, com participação de R$ 5,5 bilhões.

Com a Resolução 4.089, a participação na Vale pode ser excluída do cálculo do limite de exposição por cliente do BNDES. A regra vigente impõe, para todos os bancos, limite de 25% do patrimônio de referência (PR). No caso do banco de fomento, cujo PR estava em R$ 98 bilhões em março, o limite é R$ 24,5 bilhões.

Tal benefício estava disponível para a Petrobrás desde 2008 e para a Eletrobrás, desde 2011. Com a inclusão da Vale, a exceção foi estendida para todas as empresas dos setores petrolífero, elétrico e de mineração. Pela norma anterior, apenas “empresas atuantes nos setores petrolífero e elétrico controladas direta ou indiretamente pela União” tinham direito ao benefício.

Para o consultor Roberto Luís Troster, ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as participações acionárias são incluídas nos cálculos desse limite, somadas aos empréstimos. “A participação acionária é um jeito de emprestar”, diz Troster, lembrando que exceções normativas aos bancos públicos são comuns no Brasil.

Subsídio. A mudança abre espaço para o BNDES emprestar mais, sobretudo para Petrobrás e Vale, cujas operações totais estão acima ou muito próximas do limite de exposição por cliente. Contudo, no dia seguinte à edição da norma pelo BC, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, negou que haja novos empréstimos em vista para a mineradora.

Segundo a assessoria de comunicação do BNDES, a Vale tem um limite de crédito junto ao banco de R$ 7,3 bilhões, aprovado em 2008. Cerca de R$ 4 bilhões já foram contratados. Somado à participação acionária, o volume de operações chega a R$ 21 bilhões. Com o desembolso total do limite aprovado, o valor chega a R$ 24,3 bilhões, muito próximo dos 25% do PR.

O BNDES justifica a exceção aos setores de petróleo, energia e mineração alegando que são estratégicos para o País. Além disso, respondem por cerca de dois terços da carteira de ações do banco, que encerrou 2011 com participação em 154 empresas, no valor de R$ 86 bilhões.

Para Mansueto Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as medidas de exceção ampliam a capacidade de oferecer subsídios para empresas que não precisam. Petrobrás e Vale, por exemplo, não têm dificuldade de se financiar no mercado, inclusive internacional. “É diferente de dar subsídio para a inovação. Eventualmente, um processo produtivo novo pode ser usado por várias outras empresas.”


Promotores que investigam Delta se dizem espionados

O Estado de S. Paulo

Promotores responsáveis pelo combate ao crime organizado em Goiás entraram com uma representação na Corregedoria do Ministério Público do Estado para investigar se um software “espião” instalado em computadores do órgão foi utilizado para quebrar o sigilo de operações. O programa foi detectado também em máquinas usadas por promotores que apuram as atividades da Delta Construções em Goiás.

A representação, a que o Estado teve acesso, afirma que os computadores do órgão eram monitorados por um programa que “fotograva” a cada 30 segundos a tela. Também era possível acessar qualquer máquina a partir da sede do Ministério Público, em Goiânia, que está sob o comando do procurador-geral Benedito Torres, irmão do senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO).

A denúncia, encaminhada em 23 de maio passado, atesta que o programa é capaz de monitorar, sem autorização, o trabalho de promotores, assessores e servidores. O caso foi descoberto em Itumbiara, no interior de Goiás, e outros promotores, especialmente aqueles que atuavam na área de combate ao crime organizado, também identificaram recentemente o programa oculto. Na capital, cinco computadores e um notebook da 57.ª Promotoria de Justiça, que investiga casos envolvendo a empreiteira, também tinham o software.

Promotores possuem independência funcional e suas investigações não são compartilhadas obrigatoriamente com o chefe do MP. “Este fato, objeto da presente representação, é gravíssimo, porque alguns dos procedimentos em curso na 57.ª Promotoria são sigilosos, o que poderá caracterizar a prática de crime, por parte de quem tiver acessado nossos computadores e por parte de quem determinou o acesso, ilegal e clandestino”, diz o texto da representação.

Espião. Peritos de informática mobilizados pelos promotores confirmaram a instalação do programa, que era autoexecutável e ficava oculto em todas as máquinas. “O que sabemos é que o programa tem um potencial muito grande de espionagem”, disse um dos promotores ao Estado. O programa, segundo a representação, acessava arquivos internos da máquina, sem necessidade de autorização ou sem que fosse possível identificá-lo.

Enviada ao corregedor Aylton Flávio Vechi, a representação pede a imediata retirada do programa de todos os computadores, a oitiva do superintendente de informática do MP e auditagem das máquinas e o esclarecimento de quantas vezes o espião foi utilizado, por quem e a mando de quem. Além disso, quer saber se o procurador-geral de Justiça, irmão de Demóstenes, autorizou acessos durante sua gestão, iniciada em 2011, ou teve conhecimento do uso do programa, instalado seis meses antes de sua posse, mas até hoje operante.

O MP reconhece o uso de dois programas nos computadores do órgão para suporte remoto. Conforme o diretor-geral, Frederico Guedes Coelho, o serviço foi certificado conforme o ISO 9001 e todos os documentos referentes aos programas são públicos desde julho de 2010. Coelho nega uso para espionagem. “Não se observa a existência de atividade de suporte oculta ou sem autorização nos equipamentos que seguem as configurações, procedimentos e rotinas estabelecidas pela área técnica de Tecnologia da Informação do MP-GO”, afirmou em nota técnica enviada ao Estado.


Crédito nos bancos estqatais cresce 2 vezes mais que nos privados

O Estado de S. Paulo

Nos primeiros meses da ofensiva do governo para cortar os juros, os bancos públicos lideraram o aumento na oferta de crédito. Dados do Banco Central mostram crescimento de 1,9% na carteira das instituições estatais em abril em relação a março, mais que o dobro dos 0,7% verificados nos bancos privados.

Com isso, os bancos estatais seguem ganhando participação, movimento que vem sendo registrado desde a crise de 2008/2009, mas que havia perdido força em 2011. Em relação a abril do ano passado as instituições estatais registram crescimento de 25% no crédito e os bancos privados, de 13%.

Números do BC e dos próprios bancos mostram que o avanço estatal se deu em todos os segmentos: habitação, consumo e empresas. No crédito para pessoa física destinado ao consumo, que exclui as operações habitacionais, a carteira dos bancos públicos cresceu 1,6% em abril. Nos privados, a alta foi de 0,5%.

A menor diferença de crescimento entre os dois tipos de instituição se deu no crédito imobiliário, que avançou 2,5% nos públicos e 2% nos privados. Os dados do BC mostram ainda que os bancos públicos de varejo cresceram mais que o BNDES, que responde por cerca de 20% da carteira do setor financeiro estatal.

Consignado. A Caixa, por exemplo, ganhou mercado em todos os segmentos. Os empréstimos para consumo fecharam maio com volume 40% maior que o verificado na média do primeiro trimestre. No crédito consignado, o volume quase dobrou. A abertura de novas contas cresceu 20% na pessoa física e 32% na jurídica nos últimos dois meses.

“Estamos ganhando participação todos os meses, todos os anos, desde 2009, em todos os segmentos. A estratégia de se antecipar ao mercado tem dado resultado. E não é só reduzir juros. É reduzir juros com rentabilidade”, disse o vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fábio Lenza. “Agora, estamos crescendo ainda mais. Até mais que outros bancos públicos.”

Nos 12 meses encerrados em abril, as carteiras comercial pessoa física e pessoa jurídica da Caixa cresceram cerca de 50%, acima dos 15% verificados na média do mercado. No Banco do Brasil, foram emprestados R$ 9,9 bilhões em maio para clientes pessoas físicas, novo recorde. O vice-presidente de negócios de varejo do BB, Alexandre Abreu, diz que, desde abril, cerca de 20% dos novos empréstimos têm sido tomados por clientes que não tinham nenhum produto de crédito.

No financiamento de veículos, o volume emprestado diariamente foi multiplicado por oito. Além disso, houve queda da inadimplência de 2,32% em março para 2,22% em abril no banco, ao contrário da média do setor, que registra inadimplência recorde de 5,9% na modalidade. Para Abreu, o calote no banco é menor especialmente porque a instituição empresta recursos de uma maneira diferente, com a concessão de empréstimos pré-aprovados conforme a renda e o perfil de cada cliente.


Países perdem US$ 705 bi em crédito

O Globo

GENEBRA. O último relatório trimestral do Banco de Compensações Internacionais (BIS) – espécie de banco central dos bancos centrais do mundo – mostra que, no último trimestre de 2011, os países ricos e emergentes assistiram a uma queda de US$ 705 bilhões nos empréstimos para bancos e outras instituições frente ao trimestre anterior. Foi o maior recuo desde o colapso do banco Lehman Brothers, que marcou o início da crise nos Estados Unidos, em 2008. O maior tombo aconteceu entre os ricos, com queda de US$ 630 bilhões. A queda dos créditos bancários nos emergentes ficou em U$ 75 bilhões. Este declínio foi concentrado na Ásia, sobretudo na China.

De março até maio, o mercado financeiro parecia ter recuperado o otimismo depois que o Banco Central Europeu (BCE) lançou a segunda operação de refinanciamento de dívida no longo prazo, para conter a crise na zona do euro. Os spreads , isto é, taxas de risco nos empréstimos de bancos, europeus e americanos chegaram a cair. E o medo de que a Europa mergulhasse numa severa crise bancária foi reduzido. Boas notícias sobre a economia dos Estados Unidos no início do ano e a resistência dos países emergentes foram sinais encorajadores para o mercado. Mas este otimismo “evaporou”, nas palavras do BIS, sobretudo depois que a situação começou a se deteriorar na Espanha e na Itália.

Segundo o texto, “em meados de maio, as dúvidas voltaram: dúvidas sobre o crescimento da zona do euro, a saúde financeira do bloco, os bancos, o impacto da consolidação fiscal no setor bancário e, finalmente, sobre a estabilidade política na zona do euro”.

Os empréstimos interbancários na zona do euro despencaram no último trimestre de 2011. Os bancos franceses, segundo o BIS, cortaram seus empréstimos em quase US$ 200 bilhões neste período. E não foram os únicos: os da Espanha cortaram os empréstimos em US$ 35 bilhões, os da Alemanha, em US$ 181 bilhões e os da Itália, em US$ 32 bilhões. Os da Itália reduziram em US$ 57 bilhões e os da Espanha em US$ 46 bilhões. Sem contar os bancos de Grécia, Irlanda e Portugal.

Menos capital externo para emergentes

O valor das ações dos bancos da zona do euro, assim como dos bancos americanos e suíços, também caiu:”O humor mudou à medida que ficou cada vez mais claro que somente ações de política monetária não seriam suficientes para resolver os problemas econômicos da zona do euro”.

As más notícias dos bancos centrais não param por aí. Há preocupação com a fragilidade do crescimento dos Estados Unidos e da China. O BIS também chama atenção para a América Latina, em especial para o Brasil. Os emergentes estão recebendo menos capital externo. “Fundos de ação dos países emergentes foram mais claramente afetados por um quadro menos favorável ao crescimento, e começaram a sair (dos países) em abril. As taxas de câmbio nos mercados emergentes também refletiram essa mudança de humor em abril e maio”, diz o BIS.

Segundo o BIS, em maio, investidores também começaram a pôr em dúvida a resistência do crescimento dos países emergentes, sobretudo depois que indicadores da China confirmaram esse temor.

Num discurso no fim de semana na Itália, o megainvestidor de Wall Street George Soros disse que o projeto é “falho” desde o Tratado de Maastricht, de 1992, que criou a União Europeia e o euro. E acusou a Alemanha de estar se portando como os grandes bancos durante a crise da dívida da América Latina nos anos 80: pondo toda a culpa nos devedores e livrando-se de sua responsabilidade pelas falhas.

– Naquela ocasião, as autoridades financeiras internacionais fizeram o que era preciso para proteger o sistema bancário: impuseram penas para a periferia (os devedores dos países em desenvolvimento) para proteger o centro (os bancos dos países ricos). Nos anos 80, a América Latina viveu uma década perdida. Agora, o mesmo destino espera a Europa. Isso é uma responsabilidade que Alemanha e outros países credores precisam reconhecer – disse Soros.


Divergência grande no dado da indústria é rara

Valor Econômico

Uma conjugação de fatores estatísticos explica uma diferença de números que intrigou analistas na divulgação pelo IBGE dos números do crescimento Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano na sexta-feira. A indústria de transformação aparece no PIB em alta de 1,9% na comparação com o último trimestre do ano passado, já retirados os efeitos sazonais, enquanto na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), outro indicador do IBGE, o desempenho da mesma indústria no mesmo período foi 0,3% negativo. Um desses fatores é a defasagem na atualização da base de ponderação da PIM, que é de 2002 e está sendo revista. Outra questão é a possibilidade da produção da indústria nesse período ter sido de maior qualidade, com maior agregação de valor. A pesquisa do PIB contempla qualidade, a mensal, não.

“O que se recomenda é não deixar tanto tempo sem fazer essa revisão”, disse Rebeca Pallis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, ressalvando que a sobrecarga de atribuições da equipe do instituto às vezes acaba retardando essas atualizações.

Segundo Rebeca, a série histórica da indústria no PIB e na PIM mostra sempre números diferentes, porque são pesquisas distintas com metodologias e objetivos próprios, mas “não é comum” uma divergência tão grande quanto a apurada na comparação entre o quarto trimestre de 2011 e o primeiro de 2012. Pela série recente, o último caso foi no segundo trimestre de 2006, quando a indústria de transformação cresceu 0,52% na PIM e caiu 2,4% no PIB.

Ela explicou que tanto o PIB quanto a PIM têm como base para suas ponderações, no que se refere à indústria, a Pesquisa Industrial Anual (PIA), também do IBGE. Só que enquanto a PIM tem como base 2002, embora seus pesos sejam atualizados anualmente com base nos resultados do ano anterior da própria pesquisa, a base do PIB é a PIA de 2009, sendo os pesos também atualizados com base nos números do ano anterior, cada um com sua metodologia própria. A atualização em curso na PIM deverá aproximar as duas bases.

No exame dos números do último trimestre do ano passado e do primeiro deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior a cada um deles, fica fácil entender, estatisticamente, porque houve o descolamento da indústria nos dois indicadores, mas não as razões que levaram a ele. No quarto trimestre de 2011, a produção da indústria de transformação medida pela PIM caiu 2,14% em relação ao quarto trimestre de 2010. Já no primeiro deste ano, comparado ao primeiro do ano passado, a queda foi de 2,98%. Ou seja houve uma aceleração da queda, justificando o desempenho negativo na ponta.

Já no PIB, a indústria de transformação havia caído 3,1% no quatro trimestre de 2011 em relação ao de 2010 e caiu 2,6% no primeiro trimestre de 2012 na comparação com seu trimestre correspondente do ano passado. “Houve uma desaceleração na queda”, explica Claudia Dionísio, economista da equipe das Contas Nacionais do IBGE, justificando, segundo ela, que o número na ponta (trimestre contra trimestre anterior) tenha sido positivo, embora, na verdade, o número consolidado seja negativo tanto no PIB quanto na PIM.

As demais explicações apresentadas pelos técnicos do IBGE são bem mais complexas e difíceis de entender. Uma delas é o fato de a PIM medir apenas o volume produzido em um período, ou seja, ela olha a produção industrial apenas pelo lado da oferta de produtos feita pela indústria.

Já o PIB também faz a medida da indústria e dos demais setores (agropecuária e serviços) pelo lado da oferta e em seguida verifica o comportamento da economia pelo lado da demanda, computando o consumo das famílias, do governo, investimentos e exportações, descontadas as importações que contam negativamente por suprirem uma “carência” da oferta doméstica. No fim, os números da oferta dos produtores precisam bater exatamente com os da demanda dos consumidores. Rebeca explica que para chegar a esse equilíbrio entre as duas partes, às vezes, são necessários ajustes, fato que não ocorre na PIM.

Outro ponto, segundo a técnica do IBGE, é que enquanto a pesquisa mensal mede o volume de produção, o PIB mede o valor adicionado à produção em um determinado período, a preços do ano anterior para que o volume de produção não seja contaminado pela elevação dos preços entre os dois períodos em comparação.

O valor adicionado é extraído abatendo-se da produção o chamado consumo intermediário, ou seja, os insumos utilizados na produção do mesmo bem, no caso de um veículo, aço e pneus, entre outros. Claudia explica que a variação da agregação de valor em geral não é a mesma da simples diferença da produção. Até porque as Contas Nacionais levam em conta quantidade e qualidade do produto. Uma produção de maior valor agregado, poderia, portanto, gerar um PIB industrial maior que o dado da simples produção física, onde a qualidade não é considerada.


Importação de insumos cai e indica 2º trimestre ainda fraco

Valor Econômico

Os dados da balança comercial de abril e maio – 60% do segundo trimestre – não apontam recuperação expressiva da atividade econômica. Pelo contrário, eles apontam sinais de retração. O Brasil importou 2,6% menos matéria-prima e bens intermediários em abril e maio na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento (Mdic) na sexta-feira. Entre janeiro e março deste ano, as compras desses bens haviam crescido 4,3%.

A menor demanda por insumos importados é reflexo da estagnação na produção industrial nos últimos dois meses, na visão do consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) Julio Gomes de Almeida. “A compra desses produtos é um forte indicador de produção. A cada R$ 100 gerados pela indústria, R$ 20 são de importados”, diz.

Ritmo menor do que nos três primeiros meses do ano também foi registrado nas importações de bens de consumo. Enquanto no primeiro trimestre (em relação ao mesmo período de 2011) o aumento foi de 11,8%, em abril e maio o incremento foi de 1,8%.

O único alento de recuperação da atividade na balança comercial pelo lado da importação veio em bens de capital, cujo desembarque cresceu 8,4% em abril e maio, acima dos 5,8% do primeiro trimestre. “Não dá para saber se é uma variação normal, do período. Mas tirando bens de capital, está havendo enfraquecimento das importações no segundo trimestre”, diz Fabio Silveira, sócio da RC Consultores.