Avançar nas lutas e construir a unidade da classe trabalhadora em 2023
Nota Política Coordenação Nacional Unidade Classista
Apesar da derrota eleitoral do fascismo, representado pela figura obscurantista de Bolsonaro, o ano de 2022 se encerra com muitos desafios à classe trabalhadora brasileira. A crise econômica, a pobreza, a fome, o desemprego, a precarização das relações de trabalho e das condições de vida se mantém e se manterão devido às consequências da crise estrutural e sistêmica do capitalismo.
A vitória de Lula consagrou essa derrota eleitoral e construiu a perspectiva de um governo menos hostil, porém a agitação golpista continua e a prática da conciliação de classes petista indica que a concretização de direitos só poderá ser alcançada com a organização e pressão da classe trabalhadora.
Para combater o processo de destruição da educação, saúde, previdência públicas, moradia, transporte, as contrarreformas, o teto de gastos e a precarização será necessário que estiquemos a corda e construamos as mobilizações contra o fascismo e o golpismo e pela ampliação de direitos. Para que possamos impulsioná-las é mais do que necessário construir fóruns e frentes de luta regionais, com destaque para o Fórum Sindical, Popular e da Juventude de Luta por Direitos e Liberdades Democráticas, que precisa ser enraizado em todos os estados e no distrito federal.
Além disso, a crise estadunidense tem causado uma maior instabilidade geopolítica com uma crescente agressividade do imperialismo, o fortalecimento e expansão da OTAN, uma nova corrida armamentista, o ressurgimento e o fortalecimento do fascismo nos países centrais e periféricos.
O crescimento do fascismo e o movimento neonazista organizado provocaram vários ataques e assassinatos recentemente nas ruas e nas escolas, ilustrando que a derrota eleitoral não intimida os fascistas e que precisamos da unidade antifascista, construindo a autodefesa da classe e a possibilidade de uma contraofensiva.
Desta forma, amplia-se a necessidade de redobrarmos os esforços para construir a unidade da classe trabalhadora e promover as lutas e greves do próximo ano, avançar na ainda mais na mobilização dos trabalhadores, sindicatos, movimentos populares e a juventude nos locais de trabalho, moradia e estudo com a perspectiva do Poder Popular. Fortalecendo a luta contra as privatizações das empresas e serviços sociais públicos, por uma lei de responsabilidade social, pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial, a luta pela legislação social e sindical para os trabalhadores de plataformas, a promoção da agenda socioambiental dos trabalhadores, a proteção e ampliação dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, as campanhas pela revogação de todas as contrarreformas, junto com a construção de um encontro nacional da classe trabalhadora – ENCLAT. Em resumo, devemos enfrentar ao mesmo tempo as forças da ultradireita, as políticas neoliberais, junto com os planos do imperialismo e as oligarquias locais para construirmos e enraizarmos junto aos diversos setores da classe trabalhadora a urgência das lutas e o programa imediato e histórico da classe trabalhadora.
AVANTE, CAMARADAS!
UNIDADE CLASSISTA, FUTURO SOCIALISTA!
28 de Dezembro de 2022
Coordenação Nacional Unidade Classista