Protestos anti-Japão se alastram pela China na data do 81º aniversário da invasão



Muitas empresas de propriedade japonesa fecharam suas portas ontem, na China, data em é lembrada a primeira invasão do território chinês por forças japonesas, em 1931, um processo que iria se acirrar nos anos seguintes e atingir seu ápice em 1937, com a ocupação, pelo Japão, de diversas regiões como a Manchúria, ao norte, e Nanquim, na região costeira central, em guerra aberta enfrentadas pela aliança formada entre os comunistas e os nacionalistas chineses.

As manifestações ocorreram nas principais cidades chinesas, e, segundo o semanário britânico Morning Star, palavras de ordem anti-japão foram largamente usadas pelos manifestantes. Os protestos acontecem no momento em que se acirra o conflito gerado pela entrada de ativistas japoneses em um conjunto de ilhas no mar da China, pertencentes a este país (e reclamadas pelo Japão), o que levou o governo chinês a classificar o ato como uma provocação e um ataque à soberania chinesa.

Os chineses mantêm viva a memória das atrocidades cometidas pelas tropas japonesas em seu território, como no massacre de Nanquin, onde cerca de 300.000 chineses, incluindo mulheres e crianças, foram mortos em poucos meses. Esse período, assim como o período anterior de dominação estrangeira na China, é descrito, nos livros escolares chineses, como  “O Período da Humilhação”. As manifestações são uma clara amostra que permanecem vivos elementos do processo histórico que deflagrou a Segunda Guerra Mundial –  o expansionismo  imperialista nazifascista -, assim como alguns de seus efeitos, como as marcas deixadas pela guerra e as posturas imperialistas atuais dos EUA e seus aliados.