Greve nos EUA desafia o sistema
Os mestres exigem melhores condições de trabalho e melhores salários, alegando que, com as condições atuais, não conseguem dar o melhor ensino para os estudantes, em geral oriundos das camadas populares. Já os trabalhadores da Walmart exigem dignidade no trabalho e melhores salários.
As duas greves são claros exemplos das consequências das tendências gerais do capitalismo – como a mundialização dos mercados e das cadeias produtivas – e das condições atuais de seu funcionamento em tempos de crise. O Walmart é uma cadeia mundial de grandes supermercados, uma das maiores empresas do setor, com grande volume de lucros que vêm,principalmente, das escalas de produção que utiliza, das relações privilegiadas que tem com muitos dos seus fornecedores, de seu alto poder de monopílio e da brutal exploração do trabalho de seus funcionários. No caso de Chicago, os baixos salários e o descaso com a escola pública são exemplos da prioridade dada pelos Estados capitalistas ao resgate dos grandes grupos econômicos com o dinheiro retirado da Educação, da Saúde, da Previdência e das demais áreas sociais, icluindo-se, aqui, os salários de seus respectivos profissionais.
Os depoimentos dos grevistas são impressionantes. We Are the Workers, We are the People!, diz um manifestante (veja os vídeos no Youtube), mostrando que a lição a tirar-se desses episódios é a de que a classe trabalhadora sempre se oporá à exploração e começa a levantar-se contra o estado de coisas atuais até mesmo em meio a um estado opressor, que reprime fortemente o direito de greve e de organização política, na maior economia capitalista do mundo, os Estados Unidos da América.