Brasil: território do capital



Território livre para o capital, o Brasil não é “propriedade” apenas da burguesia tupiniquim, mas de qualquer um que tenha dinheiro. Não à toa, o conhecimento dessa informação veio não pelas mãos do Ministério da Defesa ou do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, mas sim do… Banco Central! E em relatório sobre “investimentos no país”!!!

A maioria dos proprietários é de empresários da China e do Oriente Médio, e as propriedades adquiridas concentram-se nas regiões Centro-Oeste e Norte, regiões com riquíssimos recursos hídricos e de imensa biodiversidade. Este movimento segue o mesmo padrão dos investimentos em agricultura na África e outras regiões menos desenvolvidas: são grupos transnacionais comprando grandes extensões de terra para a monocultura exportadora, devestando, no caso, africano, florestas nativas e alterando o clima.

Enquanto isso, o Incra tem R$ 600 milhões (0,5% da quantia “investida” pelos estrangeiros), por ano, para desapropriações – metade disso sempre gasto com precatórios de desapropriações antigas.

Seja pelo avanço das empresas brasileiras no cenário global, seja pela “internacionalização” crescente do nosso território, daqui a pouco nos chamaremos BraZil.